sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Casamento? Oi? O que?


Do you want to get marrige?

Você deseja se casar?

Parece uma pergunta diferente, pessoal demais, não é o tipo de pergunta que se faz do lado da bancada da lanchonete, tipo, você deseja batata média? Vai beber alguma coisa? Gostaria de se casar? 

 E além de uma pergunta pessoal, as respostas podem ser variadas, de sim à não, de sim, mas não agora até ao quem sabe um dia. Porque casamento é um papo sério. E por ser um papo sério com que ousadia eu ouso (risos/ PLEONASMO) escrever sobre tal assunto? Pois é, é tal da liberdade de expressão, você pode não gostar, não concordar, censurar, mas eu ainda terei meu direito de escrever sobre o que eu quiser e você continuará com seu direito de não concordar. Bem, mas isso não é educado e gentil, desculpe-me.

Como um ser pensante, graças a Deus, andei coletando algumas informações sobre o casamento e efetuado algumas reflexões. A principio em uma conversa com um amigo, discutimos o quanto o casamento é uma exigência social, basta observamos toda influência histórica que ele tem no decorrer de todos os anos, os dotes, o poder aquisitivo, a preferência pelo sangue azul e o mantimento da linhagem. Elizabeth Gilbert, escritora e jornalista escreveu um livro sobre as diversas cerimônias de casamento sob uma perspectiva pessoal intitulado "Comprometida" e retrata um pouco dessa influência social.

Chega ser enfadonho o peso e a responsabilidade que colocam no casamento. Passam a ideia que você TEM que se CASAR para ENFIM você ser FELIZ. Eu particularmente não gosto dessa ideia, nem desse tipo de pensamento. Porque provoca uma pressão nas pessoas de que se isso não acontecer até determinada idade ela será infeliz pelo resto da vida. Trágico! Não considero essa uma boa razão para se casar, e se algum dia eu fosse me casar, não seria por esse motivo dramático. E acredite eu posso nem me casar, e ser bem feliz, obrigada! 

Mas eu acredito sim que existe uma boa razão para o casamento. Uma razão que gosto muito. Trata-se do desejo de um  Pai amoroso que conhece nossos corações e nossas necessidades, não apenas físicas, mas emocionais de nos sentirmos cheios. Acontece que Deus viu que não era bom que o homem estivesse só e lhe fez uma companheira idônea. E naquele momento mágico Adão soube que era compatível com ela e ela com ele, que eles foram feitos um para o outro (risos), que fácil pra ele.

Fácil? Engano pensar que relacionar-se é fácil, mas nem aqui, nem na China. Somos diferentes. Não entendemos o outro bem, nem ao menos nos entendemos direito. É uma busca constante, repleta de eu escolho amar você, eu estudo você, eu me adapto, eu cedo, eu busco compreender suas necessidades, queremos fazer isso dar certo e vice e versa. 

Repito, só que essa razão para o casamento é o reconhecimento de um Pai amoroso que para nós seres humanos, limitados é bem melhor serem dois do que um. Existem algumas poucas pessoas que não precisam se casar, acredito nisso, não vivem sozinhas no mundo (tem família, amigos, irmãos), mas não precisam de um cônjuge, porém acredito que em sua grande maioria, muitos foram criados no propósito do casamento. E o casamento é uma possibilidade, uma ampliação de si mesmo, é um desafio, mas onde há descoberta e a pratica de um amor verdadeiro, não é só flores, tem muitas dificuldades, mas pode ser gratificante, principalmente quando você descobre como dar amor a esta pessoa e como receber amor. Todos precisamos de combustível. 

Acredito que existe o tempo para se descobrir e se encontrar antes de encontrar com quem você vai se casar. E acredito que quando se encontra alguém, você entra em uma outra fase de encontro. Caminhar com alguém também é permitir que ela ajude você a se encontrar e que você a ajude ela a se encontrar também. Todas as fases nos ajudam no nosso auto-conhecimento, no quem somos e quem gostaríamos de ser. Ajuda-nos a construir e ser construídos. Podemos nos tornar pessoas melhores ou piores. Mas eu espero que sempre melhor.

Encerro meus pensamentos sem encerrar, pra que você também possa pensar e multiplicar as nossas ideias...