terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A 'pessoa certa' - Teste de confiança


Uma amiga minha me disse uma vez: "seria tão mais fácil se já soubéssemos quem é a 'pessoa certa'". Pode até ser que seria, essa afirmação é feita em diversos lugares, por diversas pessoas, imagino eu. Pessoas com marcas no coração. Mas estive pensando.

Para quem crê, como eu, e não vou negar, fingir uma perfeição que de fato estou bem longe de ter, minha fé balança muito nesse sentido, mas mesmo na minha fragilidade, penso que este é um belo teste de confiança.

Imagine que nesta caminhada você está vendado e quem está te guiando é o Criador dos corações, Aquele que criou a mulher "pois não é bom que o homem fique só", aquele que inspirou a seguinte frase "É bem melhor serem dois do que um" visualize:

Deus está te guiando pelo caminho, te levando até a "pessoa certa", e você precisa aguçar os seus sentidos para ouvir as recomendações Dele, precisa de concentração, de uma boa audição e de muita sensibilidade.

Outro desafio, e esse costuma ser uma grande barreira, você precisa controlar aquilo que tem se tornado cada dia mais o mal do século, a ansiedade. Precisa controlar para não tirar a venda do olho e achar que a pessoa que está a sua frente, já é ela.

Fácil? Com certeza não.
Mas respire... ^^

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Romance


E a minha vontade e necessidade de escrever mais uma vez me prega uma peça. Em uma escala de 0 a 10. Cinco, eu sou a pessoa mais apropriada a tratar sobre romance. E cinco, eu não sou.

O que é romance? Será uma ideologia? Uma utopia? Algo que alguém inventou para deixar a vida mais colorida? Todos sabem que sou um caso perdido de romântica. Mas não comecem já me condenando.  Será que esse tal de romance existe mesmo? Ou tudo não passa de um sonho?

Quem sabe!!!

Todas as definições que encontramos no dicionário enfatizam o “imaginário”, mesmo sua relação com a realidade é uma recomposição daquilo que É somado com o que poderia ser. Lindo! Mágico! E irreal ou não? (risos).

Romance para mim se parece muito com música e harmonia de instrumentos, vozes e acordes. Também está próximo da delicadeza de uma flor, e da impossibilidade de descrição de um pôr de sol. Trata-se do belo, mas nem sempre e apenas do belo. Está no mais simples ato.  A banda Los Hermanos descreveu:

“Eu encontrei quando não quis mais procurar o meu amor... E até quem me vê lendo o jornal na fila do pão, sabe que eu te encontrei e ninguém dirá que é tarde demais, que é tão diferente assim, do nosso amor à gente é quem sabe pequena... Ah vai, me diz o que é sufoco que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar. E se o caso for ir à praia eu levo essa casa numa sacola”.

Eis a beleza e o mistério de uma verdadeira história de amor, de um “romance” enfrentar os momentos difíceis, os de sufoco, aqueles em que parecem expulsar todo tipo de beleza. E a situação pode ficar muito feia. É o cumprimento do voto: “Prometo te amar na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença...”, nos dias mais legais ou nos mais chatos, nas semelhanças ou nas estranhezas ... (risos), abre aspas para você acrescentar o que imaginar... fique volonté.

Taís Alvarenga exprime em sua bela voz:

“Amor, existe tanto pra gente, por que será que você não quer saber o que eu tenho pra te dar? Ai, é que eu só tenho o presente e mesmo assim somos nós o mesmo sol todo dia a me acordar...”

Oferta, isto tem tudo a ver com romance, doação, mesmo em meio às “incertezas” da vida, afinal, o que somos? Somos como neblina que se dissipa. Do que sabemos? Da fragilidade e inconstância das nossas vidas terrenas. E mesmo assim podemos ser entrega, dedicação e doação, sem precisar ser muito extravagante, ou ser extravagante como o sol, mas sem perder aquele toque de simplicidade.

Daniel Chaudon em “Descobrimos nós dois”:

“Descobriram nós dois, onde é que vai morar esse amor. Mal começou, não vai calar...”

É um grito silencioso, por mais que você tente disfarçar é o tipo de coisa que transborda por algum canto, você não diz, mas todo mundo percebe.

E uma outra definição que gosto muito, no som da voz de Pedro Mariano, irmão de Maria Rita:

“Até deixar um recado na tarde, uma simples saudade, que você vai sentir quando sentar-se a mesa, uma simples certeza que agora é você quem espera por mim...”

Espera, com certeza, uma coisa bem difícil, mas que faz parte da vida. Saber esperar é saber apreciar. Perdemos muita coisa, porque achamos que não temos TEMPO para perder. E então perde-se, irônico não. 

Talvez eu não entenda nada de nada, mas gosto de refletir sobre... Se quiser me dar créditos, ok. Se não quiser, tudo bem também.


Essa é apenas mais uma composição de Nayelen Lopes.