terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Somos fracos

Não escrevo afim de...

Ser compreendida.

Mergulho dentro de mim mesma e me perco demasiadamente em meu eu. Nas minhas feridas ainda não cicatrizadas, nas minhas fábulas,  que conto tão insistentemente que acabo acreditando, minhas mãos tocam tão lá dentro que dói... meus ossos ficam enrijecidos, tal como, se pudessem proteger o que eu prefiro esconder.

Me encontro fraca, pequena, tentando ser imensa, tentando ser alguma coisa, mas nada... nada que não tropece de vez em quando, nada que não seja humanamente frágil. Não é tão frustante quanto parece. Reconhecer as limitações, não nos torna piores, pelo contrário, nos torna mais capazes.

"Quando eu sou fraco, eu sou forte", disse o apostolo Paulo, esta afirmação incrível, e estranhamente contraditória aos ouvidos e olhos humanos, diz: eu sou forte na minha fraqueza, porque existe ALGO muito maior que eu, que me fortalece e me permite caminhar ainda que eu tenha falhas e problemas.

O poeta, músico, salmista Davi, conhecido como Rei, errou mais de uma ou duas vezes e em sua pequenez foi conhecido como o homem "segundo o coração de Deus". Mais uma vez Paulo disse: Por que o querer fazer o bem está em mim, porém, não o efetuá-lo. Não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, este sim faço.

E assim é a caminhada...buscando fazer o bem? Sim. Buscando acertar? Sim. Acertando sempre? Não.
Um  passo de cada vez, alguns com muito mais dificuldade do que outros.

Consolo, muitos, muitos consolos, mas um deles também dito por Paulo:
"Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé". (2 Timóteo 4:7)

Quem tem ouvidos ouçam...

Apenas isto.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sem título

Nossos ossos moídos. O que são? Nossos medos embutidos, onde estão? Devoram os nossos sentidos. Mexe e remexe no que queremos deixar escondido, protegido. De nós? Dos outros? De tudo? De todos?
Aprendemos e nos reinventamos a cada dor doida, a cada lágrima caída, cada corte, cada ferida, fazem parte da lembrança e as vezes nos visita no presente.

Cadê o botão que desliga?
Cadê as respostas das perguntas?

Nos defendemos, nos esquivamos, nos colocamos na frente da ferida.
Nos fortalecemos, nos seguramos, nos controlamos, para não chorar, para não estourar, para não pirar.
Nos derramamos, nos libertamos, nos soltamos, nos revelamos.
 Mas somos maiores do que alcançamos e menores do que pensamos.

Nos machucamos, recuperamos, nos erguemos, caminhamos, somos parte de um todo e um todo em partes.

"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos." - Eduardo Galeano

Sonhos

É tempo de juntar os sonhos, colocá-los na mala de rodinhas e fazê-los reais.

Sempre que terminamos uma etapa, é tempo de começar de novo. O ponto final é na verdade o começo de uma coisa nova, desconhecida, de descoberta. Estamos prontos? Bem, só saberemos caminhando. Uma amiga muito querida me disse uma coisa linda e sábia um dia destes. Tomo a liberdade de compartilhar:

"Nada nasce grande, tudo tem que começar aos poucos, [...]
Menos as ideias, então não as aborte antes mesmo de olhar seus rostinhos" (Nathi)

Esta frase me fez estufar o peito e dizer, é hora de sonhar grande e correr atrás dele. Sonhos são bons, são bons porque aquecem o coração, são bons porque nos permitem seguir em frente, nos permitem lutar por algo.  Conquistar algo que lutamos para obter faz tudo ter mais valor, as ideias, os sonhos, podem ser grandes, mas a conquista é aos poucos, passo a passo mais perto.

Sinto-me dividida, como se minha ambição para conquistar alguns sonhos trombasse com a minha vontade de viver o agora, sou muito grata pelo agora, pelo hoje. Como naquela frase do vídeo Filtro Solar: "Talvez você case, talvez não"... Quem sabe do futuro?  Me vi irritada com voto de melhores "brisas" para o futuro, o que me incomoda é o fato de esta frase positiva e bem intencionada, parecer uma afronta ao meu querido presente e não ao meu querido passado como é de costume na nostalgia.

Meus sonhos são engraçados eles são simples, alguns exatos, muitos exigem esforço, alguns não dependem só de mim, mas gostos dos que dependem do meu esforço, a Tiê (cantora de MPB) canta:

"E ai? Quais são seus planos? Eu até que tenho vários..."


Fica a pergunta.




segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Nosso Particular




Imagem do Google

Só sei gostar de você, então não me peça para gostar de outra pessoa, não me peça para fingir que não sinto, não me peça para te esquecer. Hoje, agora e aqui eu só sei gostar de você, ainda que isto seja um grito na montanha e que de volta só haja o ECO, o som da minha própria voz, repetindo aquilo que eu já sei, que talvez você saiba, mas que eu já não consigo mais simplesmente calar e trancar em meu coração. Me deixe gostar sozinha, me deixe sentir, até que um dia, se assim for, se assim tiver que ir... Isto se vá!



P.s: Mudei o título, porque achei que se encaixou melhor... Parece dramático, uma declaração de "eu escolhi sofrer", mas não é, é um assunto apenas que requer cuidado, é um momento, apenas um momento, mas tão intenso e que faz parte ou já fez parte da vida de mais de uma pessoa. Não é questão de ser mal resolvido, é só questão de aprendizagem. Só entende quem sente... ou já sentiu.

sábado, 26 de novembro de 2011

Só um sorriso

É estranho, mas...

Mas me pego diversas vezes lembrando de você e deixo escapar um sorriso, então, me policio... Eu não deveria estar sorrindo.

Será que há algum sentido nisto tudo? Não sei, eu respiro e sigo em frente, na espera de que isto se resolva de algum jeito.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Aos amigos

"Na varanda onde o ar anda de pressa, vai embora na conversa, nossa pressa de ficar..." (Teatro Mágico)


Aos amigos que tenho, que fiz e que poeticamente sempre estarão aqui ...em meu coração s2

Pela companhia agradável que faz o tempo ser apenas um detalhe...
Pela choro trocado pelo riso....
Pelas piadas...
Pelos conselhos, pela paciência, pelas longas conversas...

Sou muito grata por estas pessoas que entraram na minha vida...=D

domingo, 20 de novembro de 2011

Pelos meus olhos...

Prelúdio:

Mais uma vez tirei da minha mochila minha lente de contato, (E não aqueles velhos óculos fundos de garrafa), com eles enxerguei não o mundo, mas a mim mesma, não outras pessoas, mas a minha pessoa, pois às vezes enxergar outras pessoas é um modo de enxergar a si mesmo. Porém, nada tão complicado por hoje, só aquilo que conhecemos como corriqueiro...

Retrato:

Penso que escrever é como tirar fotografias. Você pega um momento, pega um sentimento, registra. Algum tempo depois você revê, às vezes com um ar saudoso, como de um tempo que passou e deixou uma boa lembrança e alguns fantasmas, mas se não tiver fantasmas... Outras vezes como quem diz: "o tempo foi bom comigo", eu cresci, amadureci, olha! Estou até mais bonita. Mas quando rever, não sentirá a mesma coisa, será diferente, mas será de algum jeito. (Amo tirar fotografias com as palavras, elas são limitadas, tem sempre mais de uma interpretação e geram mais de uma sensação, mas são muito significativas).

É isto aí!
Nada demais!


sábado, 5 de novembro de 2011

Um encontro a distância

...Agora posso entender como o distante pode se tornar próximo.
Como esse mundo cibernético, como o contato a distância pode ser de repente algo "quase", somente "quase" como presencial. Ainda acredito que um não substitua o outro.

Da mesma maneira, quando se lê algo escrito por outra pessoa e você concorda e discorda dela. Isso torna de certa forma, você e ela duas pessoas que tiveram "quase" uma conversa. Só que você apenas ouviu ela e ela apesar de não ter te ouvido pensou a mesma coisa que você.

Ler Comprometida (2011) da Liz, o segundo livro que leio de autoria dela, fez eu perceber que este livro me perturbou em alguns momentos, e pensei, não vou mais ler, e discordei da relevância de alguns dados para a construção do livro, mas em outros pontos nos encontramos, ela escreveu sobre coisas que eu já havia pensado e sentido. E nossas ideias se encontraram.

Ficamos compatíveis, outra vez, e isto aproximou uma aspirante a jornalismo de 20 poucos anos de uma escritora e jornalista de mais de 30 que vive em outro país que não o dela.



sábado, 22 de outubro de 2011

Apenas pensamento

Eu queria que a gente encontrasse respostas claras para as nossas perguntas.­ ­
Mas em toda história pessoas como nós fizeram muitas perguntas e não receberam respostas.­ ­
Coração da gente enche a gente de pergunta... nem todas são respondidas, mas faz parte...­ ­
É fechar os olhos e orar...e ver quais dessas perguntinhas realmente precisam e podem ser respondidas.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Anota aí 3 notas


Nota 1:


Sobre as pessoas

Você pode ter mil pessoas que você gosta e quer bem. Mil pessoas que você gosta de ter por perto, mil pessoas muito especiais que fazem parte de alguma maneira da sua vida, que marcaram sua estrada. Mas com algumas poucas você terá intimidade. Algumas poucas te entenderão tão bem que vai bastar um olhar pra ela saber o que você está pensando. Algumas poucas que você confiará com tamanha força que nem você vai entender direito porque tal pessoa te dá tanta segurança. Algumas poucas que no seu momento mais difícil vai estar lá, ao seu lado, disposto a passar por esta barra com você. Algumas poucas dispostas a aturar seu mau humor e suportar seus defeitinhos complicados.


Nota 2:








Um mais


O mais...é o interessante da vida... Quando eu entrei na faculdade, eu nem sei direito, mas no meio dela eu conheci pessoas que...eu pensei: Já pensou se eu não tivesse conhecido essas pessoas? Tudo tem um sentido, uma razão de ser...E fico deslumbrada com o quanto Deus é maravilhoso em nos permitir isto. Mas...TEM MAIS...(risos). E quero ser conduzida sempre por ELE neste passeio pelo "mais.... "


Nota 3:





"Sobre nós dois e o resto do mundo"





Oi! Prazer! Na verdade acho que não nos conhecemos tão bem.


Falamos sobre alguns assuntos, mas eu sempre quero renovar meus assuntos contigo.


Quero te falar sobre tantas coisas, mas não sei o que acontece...


Sabe tem tanta coisa interessante que queria te dizer...


Gastar horas e horas em conversas sobre coisas e mais coisas e nem ver o tempo passar.


Andar mais do seu lado, me sentar perto de ti...e ficar ali, porque me parece que ali é o meu lugar.


O que acha? Vamos tentar?

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nós?!

Nós!

Nós somos engraçados...

Somos diferentes e semelhantes.

Temos manias e costumes que são somente nossos... E mesmo assim partilhamos.

Somos esquisitos às vezes, mas nós nos amamos nas nossas esquisitices e, amamos os outros com suas peculariedades.



Nós somos singulares até mesmo dentro de nossa pluralidade.

Somos um e vários, dentro e fora.

Às vezes, nossa IMENSIDÃO, cabe na palma da mão.

Outras vezes não nos alcançamos.



Tenho tantas manias, que me espanta

E as manias dele, estas, estranhamente me encantam.

Somos diversidade...

E nos encontramos nos nossos desencontros...

Coincidência?! Quem sabe!!!



Nós...somos nós.



P.s: A inspiração bateu, deixei ela entrar... agora vou voltar a trabalhar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Apenas um texto

Passa boi, passa boiada,
Esmaga.
Renasce, cresce, se fortalece.
Passa boi, passa boiada
Destrói.
Arranca, corta,
Renasce.
Sopra o vento, vem a chuva,
Molha, adoça, abraça, constrói.
Reconstrói.

sábado, 17 de setembro de 2011

Uma hora no trem

Diário do Outro:


Cheguei e ela já estava lá, com seus cabelinhos cacheados meio escuro meio claro... Olhou pro capacete na minha mão, mas não fez nenhum comentário. Depois do silêncio de 1,2,3 segundos ela disse: - "Mamãe todo mundo é grande, você é grande, eu sou grande..." com um sorriso lindo em seu rostinho miúdo de contentamento por sua constatação. A mãe usou de monossílaba "Ô" disse ela...

Sabia, eu sabia que depois dali em diante o silêncio não seria o mesmo.
Pois aquela menina era a alegria do trem, na verdade poucos pareciam notá-la. Eu e a mãe dela parecíamos as pessoas mais interessadas em tudo que ela tinha pra falar... Claro, tentei esconder. Afinal, estava ali apenas para assistir a menina esbanjando sua sabedoria de criança.

Me impressionou a paciência e a forma doce da mãe dela em escutar tudo que ela dizia e responder em voz baixa e serena, nunca impaciente, nunca envergonhada ou constrangida e quando chamava a atenção, não gritava, falava séria, e a menina entendia e obedecia.

Ao contrário, a menina era estridente, ela ria com toda vontade e força que tinha, iniciou com uma risada gostosa, solta, verdadeira, exalando sua alegria por todo ambiente, depois brincou de rir, porque rir também é legal.

Ela falava, mas se atentava a todos sons externos. E fazia perguntas pertinentes. -"Mamãe qual é o lado esquerdo?"... -"Mamãe, e este?!" .... -"Direito?!". Encantadoramente pequenina e encantadoramente inteligente. Me lembrou uma prima, morena igual, do tom de cabelo parecido e de uma esperteza muito semelhante. Porém, ninguém é exatamente igual a ninguém.

"An, de novo mamãe?!" dizia, toda vez que a porta se abria.
"U..U..U...U..U", imitou o som que ouvia.

A mãe se encantava com a esperteza da filha aproveitando as oportunidades pra explicar as coisas da vida... Riu quando viu a filha imitando o som e aproveitou pra explicar que o barulho era pra avisar que a porta ia fechar.

A menina era a coisa mais linda, mais estridente, mais fofa e inteligente. Quando sorria, sorria com os lábios e com os olhos. Mas não era boba, sabia quando sua mãe brincava e quando falava sério...disse ela:- "Deixa de besteila mamãe" ... e ria.

Uma lindeza!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"Parece que a vida inteira esperei para te mostrar"

Recordei-me das nossas tentativas fracas de se aproximar.

Dos assuntos em comum que procuramos ter.

De como eu me atentava as tuas palavras, de como elas eram interessantes para mim.

Eu ficaria ali... Ouvindo e ouvindo até o fim.

Mas não dá pra ser assim!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

...

Mas seu sorriso era a coisa mais linda de se ver.
E a sua voz a mais linda de se ouvir.

Ela estava decidida a esquecer, seguir em frente, mão no bolso, passo a passo.
Mas em seu subconsciente lá estava ele...
Sempre ele, aquecendo seu coração, fazendo presença em coisas pequenas, em frases soltas.
É...

"Não olhe agora, estou olhando pra você"♪

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Constatação

Ela era apenas ela quando trombou com ele...

Os dois ombros se encontraram, foi um choque.

Seus olhos pararam um no outro, petrificados.

Foi um segundo.

Um segundo, mas tão suficiente para que lhe roubasse o ar.

Seu ar foi embora e voltou. Estabilizou-se.

Ele não era o que ela imaginava, o que ela sonhava. (Não foi uma decepção. Foi apenas um trato entre ela e ela mesma. Suas expectativas não combinavam com a realidade).

Ele era apenas um moço, tão somente isso, tá, um pouco diferente, especial, mas que tinha apenas a missão de cruzar o seu caminho, sem maiores propósitos.

A gente nunca entende tudo mesmo!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Oi! Sou pintor

imagens: Google



Minha pintura é em forma de palavras, algumas horas modestamente desordenadas, perdões, não sei direito o que exprimo. Eu simplesmente expiro e inspiro. Ou inspiro e então espirro.

Alguns textos são como gotas de chuva na janela, começam a escorrer lentamente e então desce com tudo até sumir ou se assumir. Sou uma gota caída, sou uma palavra dita. Sou a composição de mim mesma, indiscutivelmente perto, porém, infinitamente longe. Me toco, mas não me alcanço.

Engraçado, pensei como quem muda de assunto, de pato pra ganso. Quando nos olham só sabemos quando também olhamos, se não olhamos não sabemos. Às vezes é um olhar que nos incomoda, outra hora é um olhar que nos agrada, às vezes é olho no olho, um acordo, às vezes não é nada, se não algo que inventamos, pois tínhamos a necessidade de inventá-la.

Não sei medir o tamanho do perigo da invenção. Talvez! O perigo não esteja nela em si. Ela é apenas mais uma das capacidades dos seres humanos que estimula a criatividade. No entanto, o problema está na proporção de acreditar em algo que se quer existe, e se existe, existe apenas dentro de nós.

Há no mundo muitos Zumbis.

Mas Sonhar, também é uma arte. Com espaço no dicionário para um devaneio, mas também para uma ideia fixa. Como diria o poeta Mário Quintana “Sonhar é acordar-se pra dentro”. É apenas um reflexo!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Uma Trova

imagens: Google

Por favor, leva-me além.
Segure a minha mão
Me convide para uma dança
Eu irei!
Mas vamos dar um passo de cada vez.

Leva-me para um lugar aconchegante
Debaixo dos teus braços
Me segure firme,
Não me deixe escorregar.

Caminhe do meu lado
Me faça sonhar
Leva-me alem...
Por favor!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Guardei a minha no bolso

Imagem: Google

“Um amigo me chamou pra cuidar da dor dele, guardei a minha no bolso. E fui.” (Caio Fernando Abreu)


O que podemos fazer nesta vida, é ver alguém que precisa de ajuda para subir o degrau do ônibus e estender a mão.

Ver a oportunidade de ajudar, e não sonegá-la.

O que podemos fazer por alguém que queremos bem é: ser um bom amigo, estar ao lado, ainda que em silêncio. Ser compreensível com suas dores e dificuldades. Ser um estimulo, quando possível. Ser realista, mas sem perder a doçura, sem perder a razão.

As pessoas pensam que precisamos fazer grandes coisas, mas o que adianta as grandes coisas se deixamos as pequenas? As pequenas são mais importantes, pois elas não são feitas para que sejamos enxergados. São feitas de coração, para que o outro se sinta melhor. As vezes nem sempre é possível fazer quem chora sorrir. Mas se for a caso, chore com a pessoa, e ria com ela quando ela conseguir.

Paciência é uma virtude. Mexer com as nossas feridas, é muito difícil. Não podemos perder a noção dos nossos limites e mexer com a ferida do outro como se fossem coisas pequenas. Não são! Não trate a ferida do outro com desdém. Não o julgue, não o condene.

Quanto as nossas feridas, sejamos também pacientes. É importante cuidarmos de nós. Quanto as cobranças que fazemos a nós mesmos. É importante entender que as coisas podem estar embaraçadas no momento, mas ali, logo ali em frente, elas vão melhorar, vão fazer algum sentido, vão se acertar.
Quanto aos nossos medos... Saber que tem uma mão protetora, cuidando de nós, até enquanto dormimos. Saber que esta mão abre as portas, as oportunidades, o caminho. E que assim como cuida dos animais e das plantas, cuida de nós. É um bom consolo. E verdadeiro.
Quanto as nossas angustias e tristezas....Saber que existe Alguém, e mais outros "alguéns" que se importam com elas, e que oram por elas, e que se dispõe a tratar delas, cuidar delas, como quem limpa os machucados externos, para que se cure também o interno.


Que eu consiga fazer isso!

Um recomeço

Quer me ler?
Esteja pronto para se confundir as vezes.
Pois eu sou uma pergunta.
E as respostas estão espalhadas.
Nem eu sei tudo sobre mim.
Sou uma pintura, e aquele que me criou, é o único que me conhece bem.
O que vê são impressões, com algumas poucas razões.
O que não vê, é o que é essencial.




sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mais uma reticências

imagem do: Google"Solução, é a solidão de nós, deixa eu me livrar das minhas marcas, deixa eu me lembrar de criar asas, deixa que nesse verão eu faço sol.


Só me resta agora acreditar que esse encontro que se deu, não nos traduziu melhor. A conta da saudade quem é que paga? Já que estamos brigados de nada, já que estamos fincados em dor.


Lembra o que valeu a pena, foi nossa cena não ter pressa pra passar.


Lembra o que valeu a pena, foi nossa cena não ter pressa pra passar." [T.M]



Oi!







Estava com saudade. Saudade de dedilhar letras...Saudade de expressar pensamentos, saudade de caminhar passo a passo pra algum lugar. Porque hoje eu não sei que lugar eu quero chegar. Tô com saudade de escrever algo útil, que arranque o sorriso de alguém, que faça diferença na vida de uma pessoa.



Na verdade a SAUDADE é hoje, e tem sido durante essa semana, ou até mais, o sentimento mais gritante de mim e o sentimento mais urgente também. Afinal Saudade é realmente uma coisa urgente, pedindo estridentemente para ser sanada. Pois é, eu revejo fotos, escuto músicas, choro com músicas, choro olhando pela janela do ônibus, sorrio assistindo uma pessoa e novamente choro, sinto saudade de coisas pequenas, sinto saudade de coisas grandes, sinto saudade do que vivi, sinto saudade do que não vivi, sinto saudade de pessoas, sinto saudade de lugares e sinto saudade até de mim.



Mas eu não sei, meu coração está doendo, meus olhos estão molhados. Sou um ser que é melhor ficar distante e ao mesmo tempo um ser clamante por um abraço, por socorro, por uma mão pra segurar. Um ser que parece forte, independente, decidido, eu ao mesmo tempo tão frágil, sensível, tão perdido, uma pluralidade sem tamanha que parece se encaixar na desculpa das três letras (TPM), mas será? Será que na verdade não é mais uma das minhas limitações que só está mais evidente do que o normal? Se por acaso eu escrever alguma besteira, me perdoa, são tantas besteiras que eu já disse sem querer, tantas vezes que errei querendo acertar.




Ai meu coração, meu coração se ocupa com coisas que eu não sei e eu machuco corações que eu não quero machucar, eu oro, eu oro de novo e oro sempre. Porque preciso de direção, preciso acreditar que mesmo as minhas bobagens são coisas importantes, não só para mim.



Então faço das palavras de Liz Gilbert na obra Comer, rezar e amar (2007), as minhas próprias palavras:



"-Eu quero ter uma experiência duradoura de Deus. Algumas vezes eu sinto que entendo a divindade de Deus, mas depois deixo de entender porque me distraio com meus desejos e medos mesquinhos. Quero estar com Deus o tempo todo".



"Eu sei que o Senhor está ocupado com guerras e tragédias e com conflitos muito mais maiores do que uma disputa infindável de um casal disfuncional (ou das bobeiras de uma menina-moça). Mas acho que a saúde do planeta é afetada pela saúde de cada individuo que vive nele. Enquanto duas almas quaisquer estiverem envolvidas em algum conflito, o mundo inteiro será contaminado por isso [...]"



"Meu mais humilde pedido, portanto, é que o Senhor nos ajude a terminar este conflito, de modo que mais duas pessoas (ou mais) possam ter a oportunidade de se tornarem livres e saudáveis, e para que haja um pouquinho menos de animosidade e de amargura em um mundo já tão prejudicado pelo sofrimento.


Agradeço-lhe por sua gentil atenção.


Respeitosamente".



"Quando se está perdido nessa selva, algumas vezes é preciso tempo para você se dar conta de que está perdido. Durante muito tempo, você pode se convencer de que só afastou alguns metros do caminho, de que qualquer momento, irá conseguir voltar para a trilha marcada. Então a noite cai, e torna a cair, e você continua sem a menor ideia de onde está, é hora de reconhecer que se afastou tanto do caminho que se quer sabe mais em que direção o sol nasce".



Eu queria ser uma pessoa mais sucinta, mais breve, mais direta. Mas eu não sou, todas as palavras tristes ou alegres, são pra mim como música. O que não é música pra mim é a violência, é o egoísmo, a ganância, a capacidade do homem de destruir e de se auto destruir, de ignorar. Eu queria que esse texto ocupasse apenas algumas linhas, eu queria que fosse convidativo, que as pessoas se assentasse a frente dele, com perninhas de índio, que ficassem a vontade e que me acompanhasse até o último ponto final, ou até a reticências. Pois escrever parece para mim com isso, com reticências, sempre tem muito mais, muito além, sem contar as várias entrelinhas, que são as minhas, que são as suas.




Eu não sei escrever pouco, não sei não preencher uma história ou mesmo um dialogo, com detalhes, com barulhos, com emoção, com sinceridade. Eu não sei! Eu sou escrava das minhas emoções.



"As suas emoções são escravas dos seus pensamentos e você é escravo de suas emoções".




Quando uma pessoa está alegre, ela não quer ler coisas tristes, então talvez essa pessoa não me leia. Quando você está triste, você procura alguém que te traga alegria, ler coisas tristes em dias tristes, parece trazer mais tristeza, mas nem sempre. Eu não deveria estar aqui, ou deveria?



Eu parei meu tempo, pra tentar concertar alguma coisa que tá quebrada. Porque parece que quando a gente não está bem, nada rende, a mesa tá cheia de coisas pra fazer, mas tudo que se faz, se faz lentamente, pois em cada intervalo ocupa a mente com outra coisa. Eu sou distraída, não todo tempo, não com tudo. A Liz Gilbert diz uma coisa muito interessante no livro dela (e faz tempo que eu li). Ela diz que as vezes nossa mente é semelhante ao macaco, vive pulando de galho em galho... e como isso é uma verdade sobre mim.



"Se você estiver buscando a união com o divino (Com Deus), esse tipo de oscilação para frente/ para trás é um problema. Existe um motivo pelo qual Deus é chamado de presença- porque Deus está bem aqui, agora. O presente é o único lugar onde pode encontrá-lo, e o agora é o único momento".



"Leva a sério. Seja pontual. Seja frio e dócil. Lembre-se tudo que você faz, faz por Deus [...]"




E eu acredito nas mesmas doçuras de palavras que Liz Gilbert ouviu:


Deus diz



"Estou aqui. Eu amo você (e eu não sei como ele pode me amar). Não me importa se você tiver de passar a noite inteira chorando, eu fico com você. Se você precisar dos remédios de novo, não tem problema, tome - eu vou amar você do mesmo jeito. Vou proteger você até você morrer e depois da sua morte - vou continuar protegendo você. Sou mais forte do que a depressão e mais corajoso do que a solidão, e nada nunca vai me desanimar".



Que de alguma forma, algum paragrafo posso ter feito diferença pra você que me leu. Os parênteses, são os meus, o meu coração ainda dói, mas já me sinto um pouco mais leve. O importante que, em toda e qualquer situação. O Senhor me dá a oportunidade de me conhecer melhor e de crescer, de abrir mão de bobeira e de me concentrar n'Ele. Queria pedir desculpas para uma pessoa por uma coisa que não posso fazer por ele e queria eu aprender a lidar com uma coisa que outra pessoa não pode fazer por mim. Somos humanos ...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Saudade

Saudade é não saber onde está, o que faz, como está.

Saudade dói.

Saudade é lembrar, e só ter a lembrança pra te confortar,

só a lembrança pra você abraçar.

Saudade é um aperto no coração, um nó na garganta,

uma vontade de correr e abraçar bem forte, uma vontade de telefonar.

Saudade às vezes dá pra matar, saudade às vezes dá pra recomeçar

e às vezes saudade não dá.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O mundo muda, os problemas continuam

Há um tempo atrás, havia muito dificuldade, não que isso tenha deixado de existir, mas o número de pessoas que passavam fome era maior, pessoas que não tinham nenhum acesso a saúde, que viviam menos tempo dentro das escolas e mais tempo trabalhando, era um cenário triste, e desconsolador, que ainda existe.

Mas algumas dessas pessoas do passado, que lutaram, batalharam, cresceram, conquistaram uma situação financeira melhor decidiram que é obrigação delas não deixar nada faltar para os seus filhos. Investem em colégio particular, cursinhos pré-vestibulares, necessidades básicas e vão além em direção a uma enxurrada de vontades, caprichos, aparatos tecnológicos modernos, luxo, muito luxo, tudo para garantir que seus filhos sejam "felizes".

Mas assim também adoece a sociedade. Não que o cenário anterior era melhor, mas lutar para conquistar algo dignamente sempre fez bem para o caráter. Não que não existia pessoas de má índole capaz de fazer loucuras para conquistar alguma coisa na vida, isso existia, isso existe. Mas quando uma coisa melhora, outra piora, infelizmente vivemos assim.

Por que estou escrevendo tudo isso?! Bem, esse, eu diria, é o efeito que os textos da Eliane Brum, jornalista e colunista da revista eletrônica da época, tem sobre mim. Esse efeito de pensar, não faz muito tempo, eu já havia discutido sobre esse aspecto há um tempo atrás com a minha Vó, de como as coisas mudaram, das vantagens que isso trouxe e das perdas que também vieram, minha Vó porque nada melhor que ela, uma pessoa experiente que passou por muita necessidade para fortalecer esse conceito.

Dizem sempre que a vida é uma via de mão dupla, e o Menino Maluquinho, personagem do Ziraldo diz..."Todo lado tem seu lado", então quantos lados tem? Nas aulas de Jornalismo Político, tivemos contato com assuntos que incomodam, com muita injustiça que ainda existe, pior que isso, os efeitos que o consumismo gera na sociedade e como somos enganados constantemente, e aceitamos, e aplaudimos.

Existem muitos problemas na nossa sociedade, mas sempre existiram problemas e o que a gente aprende é que a forma como lidamos com os problemas, com o sofrimento, com a dificuldade é que faz de nós seres "melhores", não seres perfeitos, mas seres capazes de uma solidariedade com quem também sofre, talvez seja por isso que passamos por determinada situações, para ser capaz de ajudar aqueles que também passam e passarão por isso. Talvez por isso existam pessoas que aparentemente sofram mais que outros.

É um leque muito grande, ou uma cebola cheia de camadas. Eliane Brum em seu ultimo texto postado nessa segunda-feira, dia 11 de julho de 2011, apenas desmistifica a ideia de que é possível viver uma vida "perfeita" sem nenhuma dor, sem sofrimento, sem medo, sem dúvidas, como alguns pais almejam garantir aos seus filhos. Com muita frequência olhamos o mundo e vemos a extremidade que existe, sempre de 8 a 80, dificilmente o equilíbrio, e talvez esse seja o maior problema. Tudo que é demais faz mal... tudo que é em medida exagerada, estraga. E se as pessoas não tiverem consciência disso, elas adoecerão cada vez mais.



Link do texto de Eliane:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI247981-15230,00-MEU+FILHO+VOCE+NAO+MERECE+NADA.html

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Quem sou eu? Quem é você?

Desde muito cedo, me apaixonei pelas letras, pelas palavras e escrever sempre foi meu hobby predileto, depois de cantar.
Quando não tinha sono pegava alguns dos livros de português que tinha em casa e lia os textos, via as figuras, amava. Quando eu cresci minhas paixões me acompanharam...Música, cantar , ler e escrever, faz parte do que sou... Recentemente tive contato com uma poesia...digamos... muito reflexiva. Gostei... Espero que gostem também:


Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.



O que essas palavras significaram para mim, nem sei se existe uma maneira de explicar. Pois, afinal, existem várias maneiras de sentir, de pensar, de dizer... E as vezes fazemos justamente o contrário, dizemos o certo da maneira errada, ou simplesmente omitimos, escondemos, ou então dizemos justamente o contrário do que pensamos por talvez não saber lidar com determinada situação, por medo, por vergonha, por orgulho. Há uma multiplicidade de possibilidades inacreditáveis. Por exemplo quem sou eu? Eu vivia me perguntando esse tipo de coisa: "Quem sou eu?"...Eu sou aquilo que as pessoas dizem sobre mim? Eu sou aquilo que escolho? Aquilo que faço? Na verdade há uma complexidade tamanha em tal pergunta. O triste é quando me olho no espelho e vejo meus monstros, o triste é conviver com eles querendo arrancá-los de dentro de si pois nos fazem adoecer, o triste é lidar com as consequências das nossas escolhas erradas, o triste é viver fingindo, isso não quero, jamais! Há coisas alegres? Ah sim! Com certeza. Mas Cristo me dá a chance de no momento de fraqueza ser forte, no momento de tristeza crescer. Sou grata a Deus porque existem pessoas com a capacidade de escrever bem sobre coisas difíceis de dizer. Sou grata a Deus por todo tipo de talento e dom que permite o ser humano ter. E assim caminho aprendendo a lidar comigo e aprendendo a lidar com os outros.


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.












Poesia escrita por: Álvaro de Campos



A poesia completa pode ser encontrada no seguinte endereço:
http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/456.php

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Declaração

Como podemos brigar tanto, se tanto te amo?
Como me afastar de você, se nas minhas veias correm o seu sangue?
Como fingir que não ligo para você, quando é nítido que te respiro?
Como não reconhecer que sou extremamente piegas em sua presença?

Se dúvidas de mim,
Eu duvido de ti.
Me esforço incansavelmente em agradar-te, em conhecer-te.

Trabalho, me reintegro, me regenero.
Não finjo o que não sou.
E de fato você me conhece bem.
E sabe que as vezes tropeço, erro, lamento.

Tento ficar só,
Mas me afastar de ti
É difícil para mim.
Não te completo tão bem,
Mas você já faz parte do meu caminho.

Desde a primeira vez em que te ouvi,
E contigo aprendi
Você transformou tudo aquilo que eu via,
mas não entendia, em algo que eu pudesse definir.


Palavras, este é o seu nome.
Me ensinou o que é VALOR.
E valorizar aquela linda moça que sempre cuidou de mim
Chamando a de mamãe, o que fez ela sorrir.
E não muito atrás fez com que aquele homem duro se amolecesse
Ao ouvir em minha voz de criança dizendo a palavra papai.

Irmão, titia, vovó, vovô
Todas essas palavrinhas tinham a estranha magia
De fazerem com que aquelas pessoas grandes sorrissem.
E sorriso, foi outra palavra que aprendi a definir,
Assim como Amigo, como Amor.
Com você tudo fez mais sentido.

Aprendi a CANTAR, e peguei gosto pela coisa.
Utilizei a palavra BRINCAR, com tanta frequência.
Desenho, sempre me fez rir.


Mas crescer, crescer complicou o caminho.
Quanto mais palavras eu conhecia, mais difícil ficava.
As orações subordinadas, adjetivas, adverbiais.
E tanta oração, tanta oração que eu já não mais entendia.
E minha cabeça doía.
Mas mesmo com as complicações, minha paixão pelas suas letras
Pelas suas composições e pela sua capacidade de fazer tanta coisa.
Essa, de maneira nenhuma diminuía.


Não desisto de você, espero que não desista de mim também.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Crescer dói

Tirado do: http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/1943701

Gostei desse nome: Recanto das Letras, que lugar aconchegante. Meu amigo John me mandou. E é assim que funciono, recebo uma coisa legal, logo quero compartilhar com mais gente. Visitem também o site, tem muita coisa legal lá.
Com vocês:


Crescer dói

E não é aquela dor nos ossos, não é o aumento da somatomedina. Não tem nada a ver com altura. Nem aniversários.

Crescer dói. Porque ninguém cresce com experiências alheias, porque ninguém conhece a dor através do ferimento do outro.

E por isso crescer dói. Amadurecer inverga nossas costas, pois temos que carregar nosso peso, o peso de nossos erros e orgulho.

Conheço pessoas que tem 60 anos e não cresceram. Conheço outras de 17 anos, que já são capazes de pedir desculpas quando erram, de assumir seus próprios erros.

Crescer dói muito. Dói na moral, dói no coração partido por ilusões quebradas. Dói.

Quem dera crescer fosse uma fase de maturação que durasse de um tempo x a um instante y. Mas não. É uma equação que no final não era igualada a zero. É somar, dividir, multiplicar, subtrair ( claro!) e chegar ao resultado óbvio de que valeu.

Valeu a dor no joelho ralado, valeu ter ficado até tarde para concluir aquele trabalho a tempo. valeu ter corrido atrás do sonho, ter escorregado naquela casa de banana, valeu ter vivido, valeu ter pagado o preço das escolhas, valeu ter escolhido este caminho. Afinal de contas, o melhor jeito que sua vida poderia estar é a forma que ela é. Valeu aprender a duras penas que equilíbrio é a receita de qualquer bolo. Valeu a pena.

Crescer dói. E por isso chamam esse "crescer" de amadurecimento.

[Crescer é colocar uma porção grande de loucura e ir adicionando lucidez até dar ponto]


Flávia Carvalho

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Um exercício

Inspirado pela primeira parte do filme: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain...Com vocês, uma parte de mim:




Eu gosto de desenhos japoneses, gosto de andar na guia da calçada, gosto de ver as cores do céu pela janela do quarto. Gosto de caminhar ouvindo música, mas não gosto de dormir ouvindo música. Eu gosto de cantarolar no chuveiro, gosto de filmes românticos. Gosto de simular que toco algum instrumento, gosto de dançar quando ninguém está me vendo. Eu gosto de música de criança, eu gosto do som do riso de criança. Eu gosto quando estou feliz sem entender bem o motivo, mas não gosto quando fico triste sem saber o porque. Eu gosto da sensação de ser útil, gosto quando recebo um abraço espontâneo e gosto da sensação de enrubescer na presença dele... mas também não gosto disso. Não gosto de não saber o que fazer, não gosto de me sentir de mãos atadas, não gosto de pensar nas limitações físicas das pessoas, pois sinto vontade de tomá-las todas para mim, mais sei que não aguento. Eu gosto de estar com os amigos, de jogos de tabuleiro e de cantar, cantar e cantar.


Acho interessante que na Abertura do filme, ao apresentar cada personagem, o narrado faz uma consideração do que esse personagem gosta e do que não gosta...Acho que o que gostamos e o que não gostamos revela bastante dos nossos traços. Portanto, agora é sua vez...Comente sobre algo que gosta e que não gosta, vou GOSTAR muito disso, pode ser da sua maneira, uma frase, um paragrafo, sério ou engraçado...O divertido da brincadeira é você pensar em coisas pequenas que você gosta.


Vamos lá! Sua vez!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Aprendi que...

Aprendi que...

Eu sei que essa frase, remete aquela maravilhosa poesia que fala, com o tempo você aprende que... Mas aprendi que, eu tenho essa liberdade de escrever coisas sob a minha otíca. Então lá vai:


Eu aprendi que... crescer é mais do que ficar maior ou menor. Crescer tem a ver com escolhas, com decisões, certas ou não. Crescer tem a ver com aprender, e muito a ver com viver.

Eu aprendi que... As vezes você diz coisas de coração, sem pensar, para pessoas que precisam ouvir. E sua mensagem cai como uma luva na hora certa.

Eu aprendi que... Você tem o direito de discordar de outras opiniões, mas você não deve nunca perder a linha e o respeito por outrem. Minha liberdade termina quando a do outro começa.

Eu aprendi que... quando olhar para o passado, olhará sempre com um sorriso no rosto, com gosto de uma lembrança boa, porque sempre dizemos que o passado era o melhor lugar pra se estar, mas não era, apenas lembramos da parte boa do passado, mas o melhor lugar para se estar, é o presente. E aprender olhar pro presente com a mesma ternura que olhar pro passado, é valorizar o hoje, antes que ele se torne ontem.

Eu aprendi que... é importante ouvir, mesmo que você não goste do que escuta. E é importante também ouvir o que se diz, pra se ter certeza que não está dizendo nenhuma bobagem.

Eu aprendi que...perdoar é difícil, mas que quando não perdoamos, e perdoar não significa apenas dizer que perdoa, mas viver o perdão, quando não fazemos isso, matamos alguém. Porque existem várias formas de matar.

Eu aprendi que... que as vezes os nossos medos nos assustam, mas que tudo que existe dentro ou fora de nós, só tem o tamanho e a força que nós damos a eles ou que permitimos que eles tenham.

Eu aprendi que... aquela palavra dura, sincera e verdadeira, quase sempre vem de pessoas que se importam com você, e que torcem para que você cresça.

Eu aprendi que... existem pessoas especiais pra você, que não sabem disso e que existem outras pessoas que sempre serão lembradas com muito respeito e ternura.

Eu aprendi que... estar perto de quem se gosta, de quem te faz bem e poder fazer bem na mesma medida para essas pessoas, é uma das coisas mais deliciosas da vida.

Eu aprendi que...os motivos errados que te levam e te mantém em algum lugar, são prejudiciais para você mesmo, pois não te permitem ser, viver, presenciar e abstrair o que tem de melhor ali, mas aprendi também que os motivos errados que te afastam de estar em lugar bom, pode também te abster de aprender mais, conhecer mais e vivenciar coisas que você nem imaginava.

Eu aprendi que...e lembro de ter lido num livro, que as vezes estamos tão longe, tão perdidos, que demoramos pra perceber que estamos muito longe do caminho certo e nos desviamos muito do nosso propósito.

Eu aprendi que... a gente aprende com os erros, com as pessoas, com professores, com crianças, com os amigos, com os pais, com a família, com os animais, com os livros, com a bíblia, com os escritos, com as atitudes, com tudo, basta que a gente olhe atentamente e estejamos prontos para escutar.

Por enquanto é isso!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Notas de uma composição

Dorme em meus braços
Como um anjo tranquilo
Repousa com um leve sorriso
Minha esperança se encontra
no seu brilho
Faço de mim seu abrigo
Solto tudo que nos machuca
Largo tudo que nos prejudica
Sigo sempre com você em meu caminho
Independente das lutas.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Palavras soltas

A alma poética, pondera.
Escreve na letra, a espera
O retrato daquilo que esta encravado
Na pele, na alma, de um ser
Que sente, que ama, que vê.

E se as palavras não fazem caber
Aquilo que com elas não se consegue dizer
Ao silêncio, aos gestos, aos olhos
Fica a deixa,
De tentar...
Traduzir aquilo que em palavras
Não se consegue falar.

sábado, 28 de maio de 2011

Amor?


Imagem tirada do Google



Quando eu penso em escrever, o texto borbulha na minha cabeça, faz barulho, segue uma linha...Então, depois de pensar, eu não encontrei nenhum título bom que não fosse meio plágio de outras ideias.

Hoje cedo, vi um vídeo intitulado Crônicas Digitais: Amar é Punk, gostei, talvez seja este um dos pontos responsáveis por eu estar aqui escrevendo. Pensei em colocar no título Amar é Rock' in Roll, ou então Amar é Bolsa Nova, ou MPB, Amar é uma Orquestra Sinfônica, ou Amar é aquele sabor que mais se gosta. Eu sei que desviaria um pouco do punk e da mensagem que a dona da crônica queria passar. Mas é que quando jovens temos a magia no olhar de acreditar que amar é como a coisa que mais se gosta, como sua música favorita. Talvez não apenas quando jovens... Afinal músicos abusam dessa imagem poética do amor...

Ana Carolina canta: "Eu não vou gostar de você porque sua cara é bonita, o amor é mais que isso, amor talvez seja uma música que até gostei e botei numa fita".

Mas como vocês devem ter percebido...meu titulo não foi nenhum desses. Mas não escapou do plágio, me lembrei do filme que saiu a pouco tempo, que não vi, mas parece ser interessante, por questionar se algumas coisas que chamamos de amor realmente são amor. Segui essa mesma linha, mas corro sérios riscos de me desviar, porque estou apenas jogando as ideias. Mas depois dessa introdução um pouco extensa vamos para o assunto:


Amor?

Em alguma época da minha vida, aconteceu uma coisa que me marcou. Não foi meus 15 anos, nem meu primeiro beijo, embora a essas coisas também cabe a importância delas. Foi algo que me fez ser quem eu sou, achem bonito, estranho, bobagem ou não. Acontece que eu estava no ginásio e minha mãe preocupada, me fez um pedido, o qual ela julgava importante. Não ficar, ela pediu, eu nem me lembro o resto das palavras, mas aquilo ficou marcado, e por todo respeito do mundo que tenho a ela eu agarrei a isso como um objetivo da minha vida. Parece besteira! Mas, assim sinto que estou honrando a ela e nem sinto que isso seja um sacrifício. Pelo contrário.
Mas o que isso tem haver com a sua vida? Com a vida de outras garotas? Sabe que eu não sei, algumas pessoas desenham, e são boas nisso, e com desenho delas, com a arte delas elas expressam alguma coisa. Algumas pessoas cômpoe músicas, e também expressam sentimentos, ideias nelas. Eu escrevo, apenas escrevo e transformo pensamentos em textos. Na tentativa não de fazer um auto retrato meu, mas de que alguma palavra aqui, faça algum sentido aí, pra você que eu conheço e pra você que eu não conheço. Não posso prometer respostas certas ou erradas. Não sei se nesse caso existe diferença, talvez sejam apenas respostas.
Conversando com alguém eu disse:

Acho que na vida a gente se apaixona diversas vezes, poucas vezes viram amor, mas viram... e nem todas duram.. Algumas são experiências lindas, com pessoas que nos fazem muito bem...mas acaba. Acaba porque era uma etapa da vida a ser cumprida, para preparar para outra.








Todas as pessoas terão suas diversas experiências para contar, para se lembrar, para crescer, para amadurecer. É um processo da vida. Eu já gostei por gostar, eu já gostei sem que a pessoas gostasse de mim, na verdade isso acontece muito, e já gostei e gostaram de mim, já gostaram de mim e eu não pude retribuir. Mas isso não é amor, isso é apenas um processo, e devemos aproveitar essas etapas da vida, da melhor maneira que considerarmos. Porque um dia as coisas vão mudar, as ideias que fazíamos das coisas irão mudar, as coisas que valorizávamos antes, vão mudar, outras vão ser sempre iguais. Você pode gostar de caras que cantam bem, mas se aparecer um outro cara que te cative, você vai conseguir abrir mão disso, outras coisas serão muito mais difíceis de abrir mão. Você vai aprender que as diferenças agregam, mas que existirão dificuldades também. Você vai começar a valorizar coisas na pessoa que você nem imaginava que era importante. Mas vai ter momentos punk, e outros que você vai se sentir bem porque sabe, vai poder acreditar que nos bons e nos maus momentos aquela pessoa vai estar alí, pronta pra segurar sua mão, pra te abraçar, pra cuidar de você. Você vai entender que precisa cuidar dela também. Bem na verdade tem tanta coisa que ainda vai acontecer, e não vai ser exatamente como foi da primeira vez, da segunda, da terceira, será diferente. Talvez será quando você menos esperava, talvez você não perceba de cara, talvez seja apenas amizade, agora, talvez vocês se casem, talvez seja apenas mais uma experiência para se guardar, não qualquer experiência, mas uma outra, daquelas significativas, que marcam a vida. Não haverá só você e ele no mundo, haverá tantas outras coisas, contas pra pagar, filhos pra cuidar, trabalho, pressão do chefe, saudade, dor... e algumas coisas vão querer te empurrar pra amargura, outras vão te lembrar de sorrir. E a vida vai ser sempre escolhas, você vai ter que decidir. Decidir se vai brigar ou se acertar, se vai reclamar ou tentar melhorar. Será sua vez de pintar as coisas, mas não simplesmente da maneira que você quer, mas com as tintas que te foram dadas, aqui.









Enfim...

terça-feira, 24 de maio de 2011

A canção que não posso ouvir

Outra vez eu olhei nos seus olhos.
Foi por pouco tempo, mas eu me perdi.
Meu coração me disse coisas hoje que eu gostei de ouvir.
Foi a canção mais linda
Ela dizia: Abraçe-o
Mas eu não o abracei.
Ela disse: Conquiste-o
Mas eu não o conquistei.
Mesmo assim o som era docê
Como tudo que eu mais amo
Era uma orquestra, com direito a violino e flauta transversal.
Era lindo! Lindo como você, quando sorri, quando canta
Quando me encanta...
Mas a nota tá errada
Acho que não sei direito a letra.
Acho que estou desafinada...
Mas você é a minha canção perfeita.

domingo, 22 de maio de 2011

Meu amor...

"Meu amor essa última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na dispensa
Cabe o meu amor, cabe três vidas inteiras
Cabe uma pentiadeira
Cabe nóis dois
"
(Oração- A banda mais bonita da Cidade)


Singela a tradução de um sentimento, e muito bem feito..
Dá um clic e confira:


http://http//www.youtube.com/watch?v=QW0i1U4u0KE

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vamos cortar a árvore

Triste o que aconteceu na USP. =/


Mas isso é mais do que um reflexo da falta de segurança, vai muito além.


Vai na mesma direção da observação do Professor Carlos Dias ontem na sala de aula.


Enquanto as pessoas se preocuparem com a sua própria segurança e não com a segurança universal, haverá casos assim.


Enquanto as pessoas esperam que coisas ruins não aconteçam com elas, mas não se preocuparem com o outro e seguir como estilo da vida a linha da frase "antes ele do que eu", haverá casos como este.


Enquanto as pessoas se preocuparem com grades na janelas, câmeras de monitoramento e carros blindados e não colaborarem para diminuir esse índice de violência no mundo, haverá casos como estes.


Enquanto as pessoas pensarem VAMOS CORTAR A ÁRVORE, ao invés de tratar o mal pela raiz. Haverá casos como este... de um rapaz estudante, que foi assassinado por causa de um roubo besta, ou que seja, por causa de um ato violento, que atingiu a vida dele, mas também a sua e a minha.






No Jornal Hoje Evaristo Costa comenta com Sandra Annenberg a falta de monitoramento na entrada e saída das pessoas da USP e acrescenta que qualquer pessoa pode entrar e sair. Sandra Annenberg pontua: "E tem que ser assim".




Exatamente!!!

Queremos o direito de ir e vir, de andar pelas ruas de dia e de noite sem temer e sem ser considerado uma possível ameaça.

Vivemos apavorados, porque não sabemos da onde vem o perigo. Isso é triste! Proteção? Segurança?

"As grades do condomínio são pra trazer proteção, mas também trazem a dúvida se é você que está nessa prisão..."♪ (Rapa)




quarta-feira, 27 de abril de 2011

Um imenso suspiro

Com o tempo aprende-se que.... Hum! Não Não, deixa eu tentar de novo... Metade de mim é amor e a outra metade... Opa! Também não! De tudo ao meu amor serei atento... Ok! Vamos tentar não plagiar esses grandes escritores e me contentar com a fascinação de poder ser tão boa quanto eles um dia, pelo menos não custa nada sonhar, de sonhar ninguém se cansa... Vamos começar de novo.

Ah! A vida... que não passa de um sopro que deu fôlego e que transformou um ser inanimado em um ser pensante capaz de criar e transformar as coisas com sua incrível disposição.

Nada mais é a vida do que o estalo do beijo na bochecha, um abraço de supetão, a satisfação de um obejtivo alcançado, um elogio inesperado, o brilho nos olhos do sonho concretizado, a competência de que você tem para assumir determinado cargo.

Nada mais do que um beijo de namorado, um sim harmonizado, um filme engraçado, um livro inteligente, um desejo realizado e aquela voz tão adorável.

A mão que segura a tua, o braço por cima do ombro, o apoio, um empurrãozinho, um bom amigo, companheirismo.

A vida é nada mais, nada menos do que a quem você tem ao lado, opa! Isso aí já soou como plágio. Mas enfim! É vida também sentir, e chorar, e doer, e gritar, é se encher de perguntas e não obter nenhuma resposta. E achar as respostas e mudar as perguntas. A vida é assim, um olho que chora o outro que ri.

E se já escutou todas essas coisas ou as leu em outro lugar, estas palavras não são plagiadas, são também suas, porque isso também faz parte da vida, o compartilhamento de ideias. E isso, exatamente isso que nos trouxe até aqui, e que nos jogou na Internet.

Mas a vida com suas características intrínsecas como o barulhinho da chuva na telha, o som do pássaro na janela, o silêncio da biblioteca, a música agitada ou a mais calma, o cheiro do livro ou da roupa nova, o som da risada favorita. É imensa e ao mesmo tempo pequenina em si. Cabe no coração, cabe na palma de uma mão, mas não se consegue abraçá-la toda, apenas em partes.

E a gente chora em despedidas, sente doer a partida, lamenta não poder controlar todas as coisas, entende mais ou menos, mas teima por dentro. Se tortura com a angustia e clama por mais um tempinho ou aceita firme e com segurança que todo mundo tem a sua hora de partir.

E a vida é assim como uma linda folha verde, que por hora esta alí, mas vem o vento e diz que já está na hora de ela ir...E ela obedece e vai.



Dedicatória: Faz um tempo que meus textos precisam ser melhorados, eles andam sempre meio quebrados. Mas aos poucos eu chego lá, o importante é não deixar de caminhar. Quero dedicar estes meus rabiscos a quem acredita em mim. Quero dedicar a um Deus que me deu essa capacidade de juntar palavras, ainda que de forma meio desengonçada. E por último e não menos importante, quero dedicar a Marina, que está há algum tempo enfrentando uma batalha difícil entre ficar e partir. Que Deus esteja na direção, talvez ela jamais saiba que eu pensei nela quando comecei a escrever, mas, de algum jeito isso vai estar sempre registrado...E eu desejo muita força pra ela e espero que mais uma vez ela surpreenda os médicos, mas que seja feita a vontade de Deus.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Os meus próprios vícios

Aquilo que me mata

Não é o que mata o resto da humanidade.


Aquilo que me atinge


Não é o que atinge aos demais.


Aquilo que me sufoca,


Não se exprime apenas em uma nota


Nem suave, nem pesada.


Não sou igual, sou diferente


Diferente, igual a todo mundo.


Se é que vocês me entendem?


Não sou compositora,


Nem instrumentista,


Embora, confesso


O quanto eu gostaria


Aquilo que eu sonho


Me soa tão belo quanto poesia,


Mas os meus pesadelos


Estão expostos durante o dia.


Abro mão das minhas hipocrisias,


Mas elas estão em mim embutidas.


E os meus monstros de todo dia,


Nem todos foram vencidos pelo super-ego.


Ora, eu sei que isso não rima!!!


Mas há um misto de sonho e fantasia,


De realidade e verdade,


Tudo faz parte


Da história que compomos.


Tudo faz parte das páginas da vida.


Os erros que abomino,


Os medos que escondo,


Os fracassos,


E as feridas em mim expostas.


Tudo me fortalece


Ainda que para isso


Tenho que me enfraquecer


De forma que eu saiba quais são os meus limites.


De forma que para aprender a viver


Eu precise morrer:


Com aquilo que me mata,


Com aquilo que me diminui,


Com aquilo que abomino.


Com os meus pré conceitos


Com aquilo que me afasta.


E meu modo de enxergar a vida.




De modo que eu diminuia, e Ele, Cristo, o cabeça, cresça, para que eu também possa crescer junto.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Paixonite de Adolescente

Oi! Depois de muito tempo sem escrever, nem sei se agora vou conseguir.
Acho que também escolhi um assunto bem adolescente e isso pode dificultar.
Afinal, por que escrever sobre isso?
Não sei! Atualmente eu analiso as coisas como uma pessoa de fora da situação... Mas acho engraçado que mesmo quando a gente cresce a sensação de se apaixonar é como voltar a ser adolescente, é um sentimento bom, gostoso de se sentir, coração na garganta, as vezes rosto corado, entre tantos outros sintomas...

Ouvi uma música antiga ontem, ela falava sobre Timidez, era bonitinha, dizia:

"Talvez escreva um poema no qual grite o seu nome,
Nem sei se vale a pena, talvez só telefone
Eu ensaio, mas nada saí,
O seu rosto me distraí.
E como um raio eu encubro, eu disfarço,
Eu camuflo, eu desfaço.
Eu respiro bem fundo.
Hoje, eu digo pro mundo:
Mudei rosto e imagem
Mas você me sorriu
Lá se foi minha coragem
Você me inibiu..."

E talvez você também já tenha passado por isso, por uma timidez, uma insegurança. Essa música é da banda Biquini Cavadão, cantada na voz de um homem, não que seja uma característica, apenas masculina, mas houve uma época que a atitude era mais exigida da parte deles. Hoje em dia as coisas mudaram, para alguns é uma pena, tudo ficou muito banal, em outros pontos, pode ser considerada uma mudança positiva.

Assisti um filme também, com amor de adolescente, e as vezes essa sensação de EMUDECER é tão presente nos primeiros momentos, você se sente um idiota, ou uma idiota, fica sem saber o que dizer e quando diz, acha que disse coisa errada...

Outra coisa é que você procura impressionar, chamar a atenção, ser interessante...Mas você na verdade quando tenta fazer isso, não consegue, e quando não está tentando, mas apenas sendo você, você se torna então realmente interessante. Porque quando você quer ser interessante, se torna artificial, forçado, manipulado, mas quando você é apenas você, você disperta muito mais interesse.

E porque afinal, eu resolvi escrever sobre isso, ah não sei, acho legal sair por aí, olhando, filmando, e vendo que as pessoas as vezes demonstram mais com gestos e sinais, o que não conseguem traduzir em palavras...

Seja um abraço muito forte, daqueles que você não sente mais vontade de largar, e parece durar horas, seja com os olhos, um olhar de ternura, um beijo no rosto de surpressa, o jeito que segura a mão, o beijo, onde fica, ao lado, na frente, tudo de alguma forma tem muitos significados, pois existem coisas que palavras não são suficientes pra dizer. O jeito que a pessoa cora, o brilho nos olhos, a admiração, o respeito, são demonstrada com gestos e atitudes.

Valorizem sempre isso....
Não sei como concluir este texto, calma! Pois eu ainda estou voltando.... Façam comentários, me ajudem a concluir...quem sabe não seja mais produtivo...

Sejam novamente bem vindos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Tempo de Amadurecer

Há uma sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma.

Mas quando se fala em subir no pódio e no palco, há uma grande diferença. Quando se sobe no pódio você já venceu, quando se sobe no palco sua luta acabou de começar e no ar fica a dúvida se terminará com aplausos e com louvor.

Eu sou uma viajante do futuro, estou no último ano de uma etapa importante na minha vida, faculdade, onde aprendi muito com grandes mestres, alguns que jamais serão esquecidos, assim como a minha professora do fundamental e alguns do ensino médio.

Subir degraus é crescer, é amadurecer e ser reflexo depois. Vou compartilhar desses momentos com amigos, que estarão sentados torcendo por mim, e eu logicamente por eles. Não vale torcer para o salto quebrar, viu galera?

Vou dividir esse momento com a minha família, pessoas que respeitam as minhas escolhas e que acreditam em mim, como meus pais, que apesar de me verem seguindo outro, senão o caminho que eles queriam, nunca deixaram de me incentivar.

E quando eu sair vitoriosa, com o canudo nas mãos eu vou erguê-lo bem alto, agradecendo primeiramente a Deus e a minha família, mas haverão também três nomes de pessoas muito especiais as quais dedico a minha formação. Três pessoas que acreditaram que eu posso ser uma boa jornalista.

Sei que as lutas acabaram de começar e que para amadurecer, as vezes é preciso passar por maus bocados, perder alguns pedaços, mas sinto que este ano será um ano de muito amadurecimento e não de "amargamento". Por isso antes mesmo já brindo a isso.

É claro que neste texto tem muito do meu modo de ver e da minha experiência, mas sei que há muitos com quem posso compartilhar esse momento de TCC.

Que seja um bom ano então.


"Tempo de dar colo, tempo de decolar.
Tempo de dar colo, tempo de decolar
O que é, o que há e o que será...
Nascerá..."♪

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Notas de uma ausência...

Está é uma história curta, de uma daquelas vezes que se nota a presença no momento da ausência. Há em alguns corações um buraquinho que só pode ser preenchido por apenas um certo tipo.

Neste decorrer as formas de tampar o pequeno buraco são distintas, um pedaço de pedra e papel não é suficiente para tampar aquele buraco, nem compatíveis. Não adianta superbonder, é preciso encaixar com a leveza e a suavidade declarada no silêncio das palavras, o resto são tentativas falhas, algumas até desnecessárias.

Mas esta canção me lembra uma feita por um amigo, sobre uma menina reservada que mergulhava nos livros. E não era ficção, lá estava ela, real, em carne e osso, sentada no busão, mergulhada nas palavras de um livro, não muito grosso, nem tão fino, páginas amareladas que os julgavam não terem saído de uma livraria novinho em folha. Mas nada, nada a interrompia, nem a voz masculina que pediu licença para sentar ao seu lado, concedeu com a cabeça sem tirar do livro os olhos, sem acreditar que de fato havia necessidade disso, afinal se dissesse não, ele sentaria? E será que alguém responderia não?

Mas não por muito tempo, em questão de segundos levantou o rosto, notou e abaixou a cabeça rapidamente, engoliu a saliva e sentiu ela passar rasgando pela garganta e como diria Djavan “aí desandou”, perdeu a concentração nas palavras, terminava um parágrafo e o mesmo relia, se perdia. Sentia-se envergonhada, observada, mal sabia onde colocar as mãos, mal tocava nos cabelos (embora houvesse uma vontade muito forte de meche-los), mal respirava, mal se mexia. Que raios da água era isso afinal? Que bicho te mordeu? Ele era por acaso um jovem conhecido? Não! Não era, mas também não tão desconhecido. Era um rosto visto quase todos os dias, mas nunca chegou a trocar palavras com ele, nem oi, acho que nem se quer um olhar ela trocou.

O tempo passou, e não foi feito conto de fadas, ela parou de encontrá-lo. E foi na ausência de seus pensamentos que lembrou-se de que gostava daquela presença e que não tinha percebido isso. Mas é bem possível que eles não se vejam mais e esta história não passará de uma historia que uma menina me contou e eu contei para vocês, mas que ninguém contou para ele.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Brincando entre letras

Ando brincando com as letrinhas, quase nem disfarço, faço sorrisos, faço graça, faço drama, faço piada, faço poesia, faço música, faça carta, brinco, pinto e bordo, em todos os ritmos: rock, reggae, blues, animado ou mais lento. E de vez em quando fico corada, mas até nisso acho graça. Às vezes pego as letras e pinto tristeza, mas coloco do lado a palavra abraço e tudo parece menos PESADO. E continuo fazendo graça, junto com todo carinho a palavra AMIGO, que tem tudo a ver com a alegria, cumplicidade, lealdade, confiança e sinceridade, me apego firme na palavra fé, jamais tiro do meu coração a palavra família. E de uma palavra gera outras tantas, e a graça é tanta, que quando vejo está pronto, mais um grupo de palavrinhas recheadas de outras tantas escondidas nas entrelinhas. “Eu se divirto!”, como “bem” me ensinou uma amiguinha que fiz no meio do caminho, entre o início de uma jornada até um possível diploma...E é nessa caminhada que eu continuo seguindo “Seu olhar já me chamou. Eu vou! Caminho pro interior”♪.



Apenas Eu...*Brincando* xD

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pormenores da Vida - parte I

Tocou em seu braço e com toda delicadeza disse:
-Acorda! Acorda! Pois, o dia está te convidando para olhar pela janela e ver a beleza que ele trouxe com ela.

Os pássaros cantavam, o sol brilhava, o vento tocou em seu rosto e trouxe o cheiro das flores, uma folha verde parou em sua janela, a natureza tinha som...tinha tom, tinha vida.

Levantou aquele dia e ouviu um aviso:
-Desperte! Desperte! Não ande de olhos fechados que há em cada passo algo novo e importante para se perceber e aprender... Há perigos também, é preciso ficar atento.

E caminhou aquele dia tentando valorizar cada detalhe da vida, pois num dia se está bem, no outro nem tanto...

E quando por causos da vida, se encontrou chorando muito pela necessidade de vazar um pouco a tristeza que já não cabia no peito, ouviu...
- Levante o rosto! Olhe para o alto! Para as estrelas... Veja bem! Mesmo quando suas lágrimas caem, elas não param de brilhar...

E mesmo que ainda houvesse motivo para ficar triste, tais palavras vieram com sabor de esperança, de que um dia a gente chora, mas sempre haverá outras razões para sorrir...e olhar para dor apenas pode ser muito mais sufocante e não se deve esquecer do brilho das estrelas.

Ao caminhar mais um pouco, sentiu sua pele cortar, alguns machucados de leves, outros mais fortes que faziam doer até mesmo o coração, a alma, sentiu suas pernas fraquejarem, pensou que não aguentaria mais andar, seguir adiante... e quando disse:
-Eu não agüento mais!

Ouviu uma voz que disse:

- Quando você acha que não aguenta mais, é porque você ainda aguenta dar mais alguns passos, e quando de fato não aguentar mais, saiba que não chegarás a este ponto.

Continuou a caminhar, venceu, passou por dificuldades, mas também se conheceu. E nessa jornada, encontrou em si algumas coisas indesejáveis, sentimentos medíocres e contamináveis, tal era vergonha de encarar tal descoberta, que escondia-se, mentia, fugia, mas nada resolvia...então reconheceu, e quando reconheceu, cresceu, amadureceu e aprendeu... e se aproximou.

Se aproximou de si, se aproximou de seu lado humano e de algo muito maior do que sua compreensão.

Por hoje, só saberemos até aqui!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Apenas Há

Há em mim uma saudade sem nome...

Há no meu peito uma dor que não é minha...

Há um ombro amigo para ouvir o meu choro...

Há em algum lugar do mundo um louco que um dia me ame...

Há polemica nos meus lábios e sinceridade em meu coração...

Há delicadeza no meu jeito e firmeza nas minhas opiniões...

Há momentos que se enche meu coração e momentos que ele esvazia...

Há um querer mais que bem querer...

Há um querer sem poder...

Há sensações que são únicas...

Há o gosto do beijo do primeiro moço...

Há saudade de um tempo que já foi...

Há a lembrança saudável e os registro dolorosos...

Há o prazer no escrever, no cantar, no viver...

Há a beleza só nos olhos de quem vê...

Há um afago que aquece o coração...

Há um beijo doce no rosto, um abraço forte ...

Há um amor maior que eu, um amor maior que o mundo...

Há força de vontade de vencer...

Há coragem até mesmo pra perder...

Há um se doar para perdendo se encontrar...

Há mais coisas pra escrever, mas o limite de tempo apitando pra dizer...

Preciso ir embora, mas tente não me esquecer...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dias iguais?!

Gosto de Expressões como:

“Vamos pegar nossas mochilas e embarcar nessa história”.

Isso porque quase sempre as histórias que escrevo se iniciam numa longa viagem ao trabalho, onde eu gasto duas horas e quinze minutos dentro de um ônibus. E o tempo passa, mas às vezes ele senta do meu lado e vamos tricotando. Olhando a mesma paisagem de sempre lá fora, as mesmas árvores, as mesmas casas e prédios, por que as coisas lá fora pouco mudam e todo processo de mudança é gradual, tijolo por tijolo e quando você se dá conta, já está pronto, como quando você olha e diz: “Nossa! Não sabia que tinha uma padaria aqui”.


Senta que lá vem história...

Todos os dias ela faz tudo sempre igual, ao que parece. O despertador apita e avisa que são 5hrs15 da manhã, mas o corpo dela só levanta as 5hrs18. Ela sai de casa as 6hrs, chega no serviço as 8hrs30 e só saí dele as 15hrs. O relógio faz parecer tudo monótono, mas tem dias que ele passa logo, e tem dias que ele leva mais horas do que cabem no relógio. É como diz a minha mãe: "se você ficar cuidando do relógio ele não anda!!!" , frase que me fez viajar na maionese imaginando um daqueles relógios de cabeceira tentando andar enquanto alguém o segura. Tudo parece monótono mais não é, ela chega quase sempre no mesmo horário, pega sempre a mesma linha de ônibus, mas não é o mesmo, muda o motorista, o cobrador, o tamanho, os rostos, alguns tão familiares, outros tantos que nem se quer reparou, alguns que sempre vai se lembrar não importa onde os veja de novo e outros que em questão de segundos esquecerá. E cada dia é diferente do outro, às vezes se encontra com as amigas, às vezes vai pra casa, às vezes assiste TV, às vezes assiste CSI, às vezes não aguenta, às vezes dorme, às vezes lê e às vezes escreve, às vezes escuta música, e às vezes faz tudo isso, até porque precisa ser muito criativa com os dias de vida.
Mas é assim a vida, aproveitando bem o tempo pra que ele não passe por você e você só passe pela vida.
Se você não dá valor aos detalhes, sua vida torna sem graça como uma frase que li uma vez no banheiro: “Só viver não tem sabor, só respirar não tem graça”. Veja! A gente pensa que o valor estão nas coisas grandes e desejamos coisas grandiosas em nossas vidas, como: O pedido de casamento, a promoção no serviço, o nascimento do filho, o carro zero, mas a todas essas coisas o que antecede é um detalhe... O dia que a conheceu, o olhar que ela lançou, o dia que sentou do seu lado por acaso e começaram a conversar, o filme em comum, a banda de música favorita, aquela característica presente na sua personalidade, o trabalho diário. “Detalhes tão pequenos” que faz “grande diferença”.
Hoje é sexta-feira, o tempo iniciou bonito, ele é diferente, até mesmo das outras sextas, ele antecede ao sábado tão esperado, ao acordar só depois das 9hrs, e esse detalhe, faz toda diferença.



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Palavras...simples como qualquer palavra

Como uma folha amarelada que as bordas se dissipam. É um texto escrito com palavras de ontem, de ante ontem...de ante ante ontem, quando algumas palavras não se encaixam como se encaixavam e outras ficam mais inteligíveis do que quando foram escritas.

Escrever exige coerência e coesão, mas exige também sensibilidade, exige compreensão ou parte da busca por ela... exige um pouco de razão ainda que essa razão seja a razão do próprio coração.

Pode ser, um ato impulsivo, dado no momento que explodiu em seu pensamento. Pode ser um texto esquecido, de algo que você só pensou em escrever, mas não deu tempo de registrar.

Escrever é uma ARTE...a Arte de desenhar com palavras.


"Palavra, tenho que escolher a mais bonita,
Para poder dizer coisas do coração.
Dar a letra de quem lê.
Toda palavra escrita ou rabiscada,
No joelho, guardanapo ou chão.
Ponto, pula linha, travessão.
E a palavra vem.
Pequena, querendo se esconder no silêncio,
Querendo se fazer de oração.
Baixinha, como a altura da intenção e na insegurança.
Vírgula, parênteses, exclamação.
Ponto, pula linha, travessão.
E a palavra vem...

Vem sozinha,
Que a minha frase invento pra te convencer.
Vem sozinha,
Se o texto é curto aumento pra te convencer.
Palavra, simples como qualquer palavra
Que eu já não precise falar
Simples como qualquer palavra,
Que de algum modo eu pude mostrar.
Simples como qualquer palavra,
Como qualquer palavra... " (O Teatro Mágico_ Palavra)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Pensando

"Palavras são erros, e os erros são seus, não quero lembrar que eu erro também..."♪

Grande músico foi Renato Russo, perfeito? Não! Um homem com defeitos, tal como eu, tal como você, mas suas composições é mais do que palavras possam expressar... E quando eu penso nessa frase, claro, ela pode ter um contexto diferente para ele, mas quando eu penso nela, eu penso, nos erros que cometemos... "Aquele que nunca errou que atire a primeira pedra"... E os nossos erros podem estar nas palavras, no gesto, no jeito. É muito fácil apontar o dedo e dizer o erro dos outros, é sério, pare pra reparar... Você faz a mesma coisa que fulano, mas em você isso é normal, nele é aberração... e quantas vezes a gente comete erros, e não queremos lembrar que erramos, e erramos muito, e muitas vezes... E não é legal errar, mas aí a gente aprende...Esse erro eu não quero cometer de novo, e as vezes fica apenas na palavra, pois cometemos a mesma coisa. Somos tão espertos para algumas coisas, tão tapados para outras...Nossa! Como eu erro... =/



"Um dia pretendo
Tentar descobrir
Porque é mais forte
Quem sabe mentir
Não quero lembrar
Que eu minto também..."♪

E a mentira? Tão sorrateira, faz parte do nosso dia dia, como se fosse uma parte de nós, uma verruga que saiu, uma espinha amarela e nojenta. E quem está livre dessa nojeira? E quem a trata as vezes como uma grande amiga? Que já livrou de situações bem complicadas, ou que foi "pequeninha", simples... "Fulano não tá...", mentira é mentira... e é falso a idéia de quem sabe mentir é mais forte... Ele é tudo menos forte...e está se enganando e enganando os outros...Mas eu não quero lembrar que eu minto também.