sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mais uma reticências

imagem do: Google"Solução, é a solidão de nós, deixa eu me livrar das minhas marcas, deixa eu me lembrar de criar asas, deixa que nesse verão eu faço sol.


Só me resta agora acreditar que esse encontro que se deu, não nos traduziu melhor. A conta da saudade quem é que paga? Já que estamos brigados de nada, já que estamos fincados em dor.


Lembra o que valeu a pena, foi nossa cena não ter pressa pra passar.


Lembra o que valeu a pena, foi nossa cena não ter pressa pra passar." [T.M]



Oi!







Estava com saudade. Saudade de dedilhar letras...Saudade de expressar pensamentos, saudade de caminhar passo a passo pra algum lugar. Porque hoje eu não sei que lugar eu quero chegar. Tô com saudade de escrever algo útil, que arranque o sorriso de alguém, que faça diferença na vida de uma pessoa.



Na verdade a SAUDADE é hoje, e tem sido durante essa semana, ou até mais, o sentimento mais gritante de mim e o sentimento mais urgente também. Afinal Saudade é realmente uma coisa urgente, pedindo estridentemente para ser sanada. Pois é, eu revejo fotos, escuto músicas, choro com músicas, choro olhando pela janela do ônibus, sorrio assistindo uma pessoa e novamente choro, sinto saudade de coisas pequenas, sinto saudade de coisas grandes, sinto saudade do que vivi, sinto saudade do que não vivi, sinto saudade de pessoas, sinto saudade de lugares e sinto saudade até de mim.



Mas eu não sei, meu coração está doendo, meus olhos estão molhados. Sou um ser que é melhor ficar distante e ao mesmo tempo um ser clamante por um abraço, por socorro, por uma mão pra segurar. Um ser que parece forte, independente, decidido, eu ao mesmo tempo tão frágil, sensível, tão perdido, uma pluralidade sem tamanha que parece se encaixar na desculpa das três letras (TPM), mas será? Será que na verdade não é mais uma das minhas limitações que só está mais evidente do que o normal? Se por acaso eu escrever alguma besteira, me perdoa, são tantas besteiras que eu já disse sem querer, tantas vezes que errei querendo acertar.




Ai meu coração, meu coração se ocupa com coisas que eu não sei e eu machuco corações que eu não quero machucar, eu oro, eu oro de novo e oro sempre. Porque preciso de direção, preciso acreditar que mesmo as minhas bobagens são coisas importantes, não só para mim.



Então faço das palavras de Liz Gilbert na obra Comer, rezar e amar (2007), as minhas próprias palavras:



"-Eu quero ter uma experiência duradoura de Deus. Algumas vezes eu sinto que entendo a divindade de Deus, mas depois deixo de entender porque me distraio com meus desejos e medos mesquinhos. Quero estar com Deus o tempo todo".



"Eu sei que o Senhor está ocupado com guerras e tragédias e com conflitos muito mais maiores do que uma disputa infindável de um casal disfuncional (ou das bobeiras de uma menina-moça). Mas acho que a saúde do planeta é afetada pela saúde de cada individuo que vive nele. Enquanto duas almas quaisquer estiverem envolvidas em algum conflito, o mundo inteiro será contaminado por isso [...]"



"Meu mais humilde pedido, portanto, é que o Senhor nos ajude a terminar este conflito, de modo que mais duas pessoas (ou mais) possam ter a oportunidade de se tornarem livres e saudáveis, e para que haja um pouquinho menos de animosidade e de amargura em um mundo já tão prejudicado pelo sofrimento.


Agradeço-lhe por sua gentil atenção.


Respeitosamente".



"Quando se está perdido nessa selva, algumas vezes é preciso tempo para você se dar conta de que está perdido. Durante muito tempo, você pode se convencer de que só afastou alguns metros do caminho, de que qualquer momento, irá conseguir voltar para a trilha marcada. Então a noite cai, e torna a cair, e você continua sem a menor ideia de onde está, é hora de reconhecer que se afastou tanto do caminho que se quer sabe mais em que direção o sol nasce".



Eu queria ser uma pessoa mais sucinta, mais breve, mais direta. Mas eu não sou, todas as palavras tristes ou alegres, são pra mim como música. O que não é música pra mim é a violência, é o egoísmo, a ganância, a capacidade do homem de destruir e de se auto destruir, de ignorar. Eu queria que esse texto ocupasse apenas algumas linhas, eu queria que fosse convidativo, que as pessoas se assentasse a frente dele, com perninhas de índio, que ficassem a vontade e que me acompanhasse até o último ponto final, ou até a reticências. Pois escrever parece para mim com isso, com reticências, sempre tem muito mais, muito além, sem contar as várias entrelinhas, que são as minhas, que são as suas.




Eu não sei escrever pouco, não sei não preencher uma história ou mesmo um dialogo, com detalhes, com barulhos, com emoção, com sinceridade. Eu não sei! Eu sou escrava das minhas emoções.



"As suas emoções são escravas dos seus pensamentos e você é escravo de suas emoções".




Quando uma pessoa está alegre, ela não quer ler coisas tristes, então talvez essa pessoa não me leia. Quando você está triste, você procura alguém que te traga alegria, ler coisas tristes em dias tristes, parece trazer mais tristeza, mas nem sempre. Eu não deveria estar aqui, ou deveria?



Eu parei meu tempo, pra tentar concertar alguma coisa que tá quebrada. Porque parece que quando a gente não está bem, nada rende, a mesa tá cheia de coisas pra fazer, mas tudo que se faz, se faz lentamente, pois em cada intervalo ocupa a mente com outra coisa. Eu sou distraída, não todo tempo, não com tudo. A Liz Gilbert diz uma coisa muito interessante no livro dela (e faz tempo que eu li). Ela diz que as vezes nossa mente é semelhante ao macaco, vive pulando de galho em galho... e como isso é uma verdade sobre mim.



"Se você estiver buscando a união com o divino (Com Deus), esse tipo de oscilação para frente/ para trás é um problema. Existe um motivo pelo qual Deus é chamado de presença- porque Deus está bem aqui, agora. O presente é o único lugar onde pode encontrá-lo, e o agora é o único momento".



"Leva a sério. Seja pontual. Seja frio e dócil. Lembre-se tudo que você faz, faz por Deus [...]"




E eu acredito nas mesmas doçuras de palavras que Liz Gilbert ouviu:


Deus diz



"Estou aqui. Eu amo você (e eu não sei como ele pode me amar). Não me importa se você tiver de passar a noite inteira chorando, eu fico com você. Se você precisar dos remédios de novo, não tem problema, tome - eu vou amar você do mesmo jeito. Vou proteger você até você morrer e depois da sua morte - vou continuar protegendo você. Sou mais forte do que a depressão e mais corajoso do que a solidão, e nada nunca vai me desanimar".



Que de alguma forma, algum paragrafo posso ter feito diferença pra você que me leu. Os parênteses, são os meus, o meu coração ainda dói, mas já me sinto um pouco mais leve. O importante que, em toda e qualquer situação. O Senhor me dá a oportunidade de me conhecer melhor e de crescer, de abrir mão de bobeira e de me concentrar n'Ele. Queria pedir desculpas para uma pessoa por uma coisa que não posso fazer por ele e queria eu aprender a lidar com uma coisa que outra pessoa não pode fazer por mim. Somos humanos ...

5 comentários:

Henrique Gois disse...

Profundo!!!

Acho engraçado seu texto, por que ele é muito bom, foi escrito por você e para vocêe ao mesmo tempo está se emportando com que vai ler...
Acho isso um pouco Clarice e gosto. Sei que cada pessoas funciona de uma forma, mas quando eu estou sentindo falta de alguma coisa em mim costumo me ler, é estranho eu sei, mas acho que quase todos que escrevem fazem isso para si mesmo, como se a alma tivesse passando para o corpo alguma coisa que deixamos passar pelo caminho.

Sei que vc não gosta de Paulo Coelho, mas tem frases dele que acho que são muito certas (para mim)"tempo de rasgar, tempo de costurar" pegando emprestado seu post, eu por exemplo estou no tempo de rasgar, na hora de me colocar com sinceridade perante a vida, de dizer verdades, mesmo as que magoam, pois não posso me perder de mim, vejo isso em vc também, não sei se estou certo.

Lindo texto menina, bjão.

s2...Ná...s2 disse...

Amei amei amei amei amei.
Amei mesmoooo muito muito muito. Muito lindo seu comentário Góis,muito certo também.
Eu realmente rasguei meu coração no post da forma que pude.
Eu realmente me li, umas mil vezes antes de postar, sem me cansar de me ler. Exatamente por causa disso que que você disse: "como se a alma tivesse passando para o corpo alguma coisa que deixamos passar pelo caminho."

..E na terceira vez que li, coloquei mais coisas no texto e é muito possível que ele ainda esteja faltando pedaços, que ele não esteja completo. Você está certo. Acertou! (batendo palmas como uma criança xD)

Muito obrigada por me ler até o final. Muito obrigada por me comparar Clarice Lispector...tem coisas nela que eu não gosto, que eu não concordo. Mas gosto muito da maneira que ela escreve. E sim, me importo muito com quem vai ler. Eu tô escrevendo sobre mim, mas não quero ser um assunto chato pra outras pessoas.

Obrigada viu?! Por tanto carinho.

Analina Arouche disse...

Saudade é tão provocante... Nos obriga a matá-la, a saciá-la. Somos escravos dos nossos sentimentos gritando dentro de nós, nos instigando a colocar para fora nossas impressões da vida, do mundo e tudo aquilo que acreditamos fazer a diferença. Porque o que parece mais forte do que tudo em nosso coração cheio de inquietações é conquistar a paz interior. E por mais que ela se faça presente em alguns momentos, existem sentimentos que nos incomodam e nos obrigam a tomar uma atitude.
Espero que você tenha se encontrado nas suas discussões interiores e alcançado a paz!!! E não desista de sempre buscá-la dentro e fora de si.

Abraço, amiga Ná!!!

Johnny Nogueira dos Santos disse...

Não gostei do texto. Achei muito confuso e caótico.

Te desejo paz e harmonia! Saudade também!

Está relaxando na ortografia novamente hein...

Beijos!

s2...Ná...s2 disse...

Obrigada Aninha!
Johnny, engraçado. Depois desse texto confuso e caótico...Eu me senti muito mais serena..muito mais em paz... Graças a Deus, que pena que nenhuma dessas linhas te fez sentido. Mas não tem porque, não precisa mesmo fazer.
Sobre a ortografia. Não relaxei não. Nunca relaxo! A questão é outra...
Mas obrigada pelo toque.