terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Somos fracos

Não escrevo afim de...

Ser compreendida.

Mergulho dentro de mim mesma e me perco demasiadamente em meu eu. Nas minhas feridas ainda não cicatrizadas, nas minhas fábulas,  que conto tão insistentemente que acabo acreditando, minhas mãos tocam tão lá dentro que dói... meus ossos ficam enrijecidos, tal como, se pudessem proteger o que eu prefiro esconder.

Me encontro fraca, pequena, tentando ser imensa, tentando ser alguma coisa, mas nada... nada que não tropece de vez em quando, nada que não seja humanamente frágil. Não é tão frustante quanto parece. Reconhecer as limitações, não nos torna piores, pelo contrário, nos torna mais capazes.

"Quando eu sou fraco, eu sou forte", disse o apostolo Paulo, esta afirmação incrível, e estranhamente contraditória aos ouvidos e olhos humanos, diz: eu sou forte na minha fraqueza, porque existe ALGO muito maior que eu, que me fortalece e me permite caminhar ainda que eu tenha falhas e problemas.

O poeta, músico, salmista Davi, conhecido como Rei, errou mais de uma ou duas vezes e em sua pequenez foi conhecido como o homem "segundo o coração de Deus". Mais uma vez Paulo disse: Por que o querer fazer o bem está em mim, porém, não o efetuá-lo. Não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, este sim faço.

E assim é a caminhada...buscando fazer o bem? Sim. Buscando acertar? Sim. Acertando sempre? Não.
Um  passo de cada vez, alguns com muito mais dificuldade do que outros.

Consolo, muitos, muitos consolos, mas um deles também dito por Paulo:
"Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé". (2 Timóteo 4:7)

Quem tem ouvidos ouçam...

Apenas isto.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sem título

Nossos ossos moídos. O que são? Nossos medos embutidos, onde estão? Devoram os nossos sentidos. Mexe e remexe no que queremos deixar escondido, protegido. De nós? Dos outros? De tudo? De todos?
Aprendemos e nos reinventamos a cada dor doida, a cada lágrima caída, cada corte, cada ferida, fazem parte da lembrança e as vezes nos visita no presente.

Cadê o botão que desliga?
Cadê as respostas das perguntas?

Nos defendemos, nos esquivamos, nos colocamos na frente da ferida.
Nos fortalecemos, nos seguramos, nos controlamos, para não chorar, para não estourar, para não pirar.
Nos derramamos, nos libertamos, nos soltamos, nos revelamos.
 Mas somos maiores do que alcançamos e menores do que pensamos.

Nos machucamos, recuperamos, nos erguemos, caminhamos, somos parte de um todo e um todo em partes.

"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos." - Eduardo Galeano

Sonhos

É tempo de juntar os sonhos, colocá-los na mala de rodinhas e fazê-los reais.

Sempre que terminamos uma etapa, é tempo de começar de novo. O ponto final é na verdade o começo de uma coisa nova, desconhecida, de descoberta. Estamos prontos? Bem, só saberemos caminhando. Uma amiga muito querida me disse uma coisa linda e sábia um dia destes. Tomo a liberdade de compartilhar:

"Nada nasce grande, tudo tem que começar aos poucos, [...]
Menos as ideias, então não as aborte antes mesmo de olhar seus rostinhos" (Nathi)

Esta frase me fez estufar o peito e dizer, é hora de sonhar grande e correr atrás dele. Sonhos são bons, são bons porque aquecem o coração, são bons porque nos permitem seguir em frente, nos permitem lutar por algo.  Conquistar algo que lutamos para obter faz tudo ter mais valor, as ideias, os sonhos, podem ser grandes, mas a conquista é aos poucos, passo a passo mais perto.

Sinto-me dividida, como se minha ambição para conquistar alguns sonhos trombasse com a minha vontade de viver o agora, sou muito grata pelo agora, pelo hoje. Como naquela frase do vídeo Filtro Solar: "Talvez você case, talvez não"... Quem sabe do futuro?  Me vi irritada com voto de melhores "brisas" para o futuro, o que me incomoda é o fato de esta frase positiva e bem intencionada, parecer uma afronta ao meu querido presente e não ao meu querido passado como é de costume na nostalgia.

Meus sonhos são engraçados eles são simples, alguns exatos, muitos exigem esforço, alguns não dependem só de mim, mas gostos dos que dependem do meu esforço, a Tiê (cantora de MPB) canta:

"E ai? Quais são seus planos? Eu até que tenho vários..."


Fica a pergunta.




segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Nosso Particular




Imagem do Google

Só sei gostar de você, então não me peça para gostar de outra pessoa, não me peça para fingir que não sinto, não me peça para te esquecer. Hoje, agora e aqui eu só sei gostar de você, ainda que isto seja um grito na montanha e que de volta só haja o ECO, o som da minha própria voz, repetindo aquilo que eu já sei, que talvez você saiba, mas que eu já não consigo mais simplesmente calar e trancar em meu coração. Me deixe gostar sozinha, me deixe sentir, até que um dia, se assim for, se assim tiver que ir... Isto se vá!



P.s: Mudei o título, porque achei que se encaixou melhor... Parece dramático, uma declaração de "eu escolhi sofrer", mas não é, é um assunto apenas que requer cuidado, é um momento, apenas um momento, mas tão intenso e que faz parte ou já fez parte da vida de mais de uma pessoa. Não é questão de ser mal resolvido, é só questão de aprendizagem. Só entende quem sente... ou já sentiu.