quinta-feira, 29 de março de 2012

Enigmas

Ah!!! Tenho me deslumbrado com as coisas simples e inexplicáveis da vida... As coisas que são lindas e existem e não se sabe ao certo, cronometrado direitinho, quando passaram a existir, se faz ideia, mas ao certo, pouco se sabe...Só sabe que é assim e pronto. E que é inexplicavelmente encantador.
E nos atropelamos no mundo da razão, porque queremos saber tudo sobre tudo, tim tim por tim tim, cheio de perguntas, de cálculos, de exatidão, mas sem sucesso, sem muitas respostas. 
Como crianças, temos nossas perguntas particulares, não fazemos as mesmas, porque alguém já nos disse que é assim e pronto, aceitamos, não tem muito o que fazer, mas não deixamos de perguntar: Por quê? É... querer entender o que não é pra ser entendido... 

Os sentimentos... por exemplo. Ah os sentimentos! Uma briga, a raiva, capaz de pesar um ambiente inteiro, um acidente, o caos, e nosso coração se angustia. E o amor, o apaixonar-se, uma alegria inexplicável, não cabe em palavras. "Por que a gente nunca sabe de quem vai gostar?".
 Por que de repente você olha pra uma pessoa "e não mais que de repente" seu coração se inflama, acelera a pulsação...? Por que ela? Por que ele? É fantástico... Um enigma.

Tenho até a impressão de que quando se tenta explicar essas coisas, as letrinhas levantam as orelhas e começam a correr desesperadamente, fugidas, e se embaralham, você tenta definir, mas... é infinitamente maior do que você e do que todas as palavras juntas. 

Li um artigo da jornalista e colunista, Eliane Brum, esses dias, e ela finalizou assim: "É fácil compreender o desamor. O amor, não. O amor é um enigma" 

Casamentos que sobrevivem as dificuldades da atualidade, com amor, respeito e amizade. São enigmas. Ninguém entende como sobrevivem num momento em que divórcio é cada vez mais crescente. Não é de felicidade surreal que estou falando, de contos de fadas, que embalam os sonhos de criança, com princesas e heróis.... Não é de mar de rosas, mas de pessoas, que aprendem todos os dias que casamento é um troço difícil, mas que se esforçam para continuar fazendo ele funcionar e ser uma realidade nesse mundo de tantas probabilidades, mas poucos sucessos palpáveis.  

Ai como gosto das histórias e de juntar seus pedacinhos, de tentar descobrir aquilo que tá faltando, sou uma curiosa, mas uma curiosa de histórias, de detalhes, daquilo que se perde enquanto os olhos piscam. É tudo muito extenso, muito complexo...mas feito criança que ganha aquele pirulito colorido do "Chaves" (risos), fico assim..fascinada pelos enigmas.

Tenho minhas respostas particulares, aquelas que me satisfazem, a crença de que existe um Criador maravilhoso que tá na direção e sabe o que faz. Tenho também a consciência da minha responsabilidade particular... e tudo isso é muito infinito, intangível.

Mas isso é suficiente para mim.... e é só o que posso dizer.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Amanhecer - Um novo sol

E quando alguém parte, seu coração se quebra em pequenos pedacinhos. E você nem sabe por onde começar a juntar aquilo que se partiu quando ele bateu a porta com tudo quebrando seu frágil coração e te deixando ali sem saber como fazer, como agir, como respirar [...] Mas um belo dia o sol volta outra vez, você aprende que aquelas experiências foram necessárias... e você descobre uma nova chance, uma nova oportunidade e isso aquece seu coração.


Tirada do Google

quarta-feira, 14 de março de 2012

O Medo que amedronta


Tirada do Google

Acho que sou muito medrosa
(Em todos os sentidos)

 Quando  comecei a andar de moto de casa para o serviço e do serviço para casa. Eu tinha muito medo, já havia andado antes, mas sempre por perto, foi a primeira vez que enfrentei uma distância longa. Era algo bom, mais rápido e mais econômico para mim, porém, eu morria de medo. Era até cômico o meu pavor, quando freava, quando passava perto de automóveis grandes ou quando fazia uma curva.
Além disso, eu não sabia se estava sentada direito, tinha medo de atrapalhar, de ser um peso e acho até que fui nas primeiras vezes.

Hoje vim de moto para o serviço, por conta do caos que estava o transporte público hoje, e isso não tem sido uma raridade, isso, de caos no transporte público, tem sido muito comum. E percebi que não tenho mais medo como antes, pelo contrário, eu fiquei mais confiante, embora ainda trema quando vejo que um carro deu uma fechada na gente, ainda continuo orando baixinho: "Que Deus nos proteja para que a gente chegue bem"...

Mas com a minha mania de pegar um caso corriqueiro e transportar para um pensamento mais profundo, vi que esse lance meu de medo, não é algo separado, apenas para esse tipo de situação. Há pessoas mais corajosas do que eu, bem, há muitas pessoas mais corajosas do que eu. 

Mas o medo nunca deve ser desculpa para não tentar, não arriscar, ou não fazer.... Vença seu medo, antes que ele vença você e você se torne refém. Eu gosto da frase da Clarice Lispector: "Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."

Gosto de outras frases, que dizem o quanto perdemos com o medo de tentar ou de arriscar. Medo é bom pra sabermos dos riscos, e olhar bem pra onde estamos pisando, mas medo que amarra, que sufoca...que esse seja lançado fora.

Metade

Hoje pego como empréstimo os pensamentos de outrem... Afinal, sou a favor de que pensamentos bons devem ser compartilhados, e como a poesia é muito boa... Com vocês Oswaldo Montenegro:



"E que a força do medo que tenho, não me impessa de ver o que anseio.
Que a morte de tudo o que acredito não me tape os ouvidos nem a boca
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe, seja linda, ainda que de tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor,apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão
Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso, que me lembro ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia, e a outra metade é canção
E que a minha loucura seja perdoada,
Porque metade de mim é amor, e a outra metade...
também".

Oswaldo Montenegro

sexta-feira, 9 de março de 2012

...E no meu coração...

                                                                Tirada do Google


"... e lembre-se que sempre estarei esperando por você..."

Foram essas doces palavras que ela pronunciou naquela tarde fria. Não foram apenas palavras, ela disse: Tudo bem que você me faça esperar, desde que me diga que horas você volta pra eu ficar feliz quando estiver perto da hora de você chegar. Como quem diz: Tudo bem que você voe pra longe de mim, de vez em quando, desde que você volte e encontre nos meus braços quentes um conforto. 

E foi tudo isso e mais um pouco, foi de peito aberto, no sentido figurativo da coisa. Ela estendeu sua mão e esperou que ele a pegasse, fez papel inverso, o convidou pra dançar, porque ela queria mantê-lo sempre ao seu lado, mas como diz a canção regravada para o sertanejo: "Quem foi que disse que pra estar junto precisa estar perto?"...



 "Basta fechar os olhos, que eu vou estar aqui". 

quarta-feira, 7 de março de 2012

Mais uma história

Imagem Google


Sinto dizer que esse não é um conto de fadas, embora se pareça com um. Sinto em dizer também que a pobre menina dessa história não se expõe para ser julgada, por favor, respeitem as feridas da pobre moça.

E novamente ela quer voltar a torre mais alta e ficar encolhidinha lá, protegida, pelo menos ela pensa que sim...o medo de ver seu coração se partir é assustador demais, ela arrisca-se a descer as escadas próximas a janela, sente o sol aquecer seu rosto, e o vento balançar seus cabelos, ela sente alegria no que tudo aquilo possa ser, mas volta... O medo a impede, mas o medo não deveria a impedir.

Ela é a garota cujo os conselhos e incentivos afinam os ouvidos de outras pessoas, donas da própria história assim como ela, mas ela, sinto em dizer, ela não segue seus conselhos... Não a condenem por isso também... não é que ela concorde com a frase: "Faça o que eu falo", não, é mais obscuro que isso... Ela tenta, ela tenta mesmo, mas pisar em terra desconhecida, bem, claro que todos sabem que é assustador..Mas o medo, o medo não deveria impedir ninguém de tentar, de se arriscar e de se colocar na linha de frente, assim vulnerável, mas ao mesmo tempo contente e consciente que não existe outro lugar que se gostaria de estar a não ser esse... Afinal se perde muito não tentando, mas como saber se não tentar?

Ela precisa de coragem, e espero, espero sinceramente, e torço, torço muito para que ela abra aquele baú velho  e reencontre a coragem, a sua coragem... "Afinal pra onde foi a coragem do meu coração?"

Essa é uma história triste, mas a boa notícia é que ela ainda não acabou...