quarta-feira, 14 de março de 2012

O Medo que amedronta


Tirada do Google

Acho que sou muito medrosa
(Em todos os sentidos)

 Quando  comecei a andar de moto de casa para o serviço e do serviço para casa. Eu tinha muito medo, já havia andado antes, mas sempre por perto, foi a primeira vez que enfrentei uma distância longa. Era algo bom, mais rápido e mais econômico para mim, porém, eu morria de medo. Era até cômico o meu pavor, quando freava, quando passava perto de automóveis grandes ou quando fazia uma curva.
Além disso, eu não sabia se estava sentada direito, tinha medo de atrapalhar, de ser um peso e acho até que fui nas primeiras vezes.

Hoje vim de moto para o serviço, por conta do caos que estava o transporte público hoje, e isso não tem sido uma raridade, isso, de caos no transporte público, tem sido muito comum. E percebi que não tenho mais medo como antes, pelo contrário, eu fiquei mais confiante, embora ainda trema quando vejo que um carro deu uma fechada na gente, ainda continuo orando baixinho: "Que Deus nos proteja para que a gente chegue bem"...

Mas com a minha mania de pegar um caso corriqueiro e transportar para um pensamento mais profundo, vi que esse lance meu de medo, não é algo separado, apenas para esse tipo de situação. Há pessoas mais corajosas do que eu, bem, há muitas pessoas mais corajosas do que eu. 

Mas o medo nunca deve ser desculpa para não tentar, não arriscar, ou não fazer.... Vença seu medo, antes que ele vença você e você se torne refém. Eu gosto da frase da Clarice Lispector: "Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."

Gosto de outras frases, que dizem o quanto perdemos com o medo de tentar ou de arriscar. Medo é bom pra sabermos dos riscos, e olhar bem pra onde estamos pisando, mas medo que amarra, que sufoca...que esse seja lançado fora.

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