terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Tempo de Amadurecer

Há uma sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma.

Mas quando se fala em subir no pódio e no palco, há uma grande diferença. Quando se sobe no pódio você já venceu, quando se sobe no palco sua luta acabou de começar e no ar fica a dúvida se terminará com aplausos e com louvor.

Eu sou uma viajante do futuro, estou no último ano de uma etapa importante na minha vida, faculdade, onde aprendi muito com grandes mestres, alguns que jamais serão esquecidos, assim como a minha professora do fundamental e alguns do ensino médio.

Subir degraus é crescer, é amadurecer e ser reflexo depois. Vou compartilhar desses momentos com amigos, que estarão sentados torcendo por mim, e eu logicamente por eles. Não vale torcer para o salto quebrar, viu galera?

Vou dividir esse momento com a minha família, pessoas que respeitam as minhas escolhas e que acreditam em mim, como meus pais, que apesar de me verem seguindo outro, senão o caminho que eles queriam, nunca deixaram de me incentivar.

E quando eu sair vitoriosa, com o canudo nas mãos eu vou erguê-lo bem alto, agradecendo primeiramente a Deus e a minha família, mas haverão também três nomes de pessoas muito especiais as quais dedico a minha formação. Três pessoas que acreditaram que eu posso ser uma boa jornalista.

Sei que as lutas acabaram de começar e que para amadurecer, as vezes é preciso passar por maus bocados, perder alguns pedaços, mas sinto que este ano será um ano de muito amadurecimento e não de "amargamento". Por isso antes mesmo já brindo a isso.

É claro que neste texto tem muito do meu modo de ver e da minha experiência, mas sei que há muitos com quem posso compartilhar esse momento de TCC.

Que seja um bom ano então.


"Tempo de dar colo, tempo de decolar.
Tempo de dar colo, tempo de decolar
O que é, o que há e o que será...
Nascerá..."♪

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Notas de uma ausência...

Está é uma história curta, de uma daquelas vezes que se nota a presença no momento da ausência. Há em alguns corações um buraquinho que só pode ser preenchido por apenas um certo tipo.

Neste decorrer as formas de tampar o pequeno buraco são distintas, um pedaço de pedra e papel não é suficiente para tampar aquele buraco, nem compatíveis. Não adianta superbonder, é preciso encaixar com a leveza e a suavidade declarada no silêncio das palavras, o resto são tentativas falhas, algumas até desnecessárias.

Mas esta canção me lembra uma feita por um amigo, sobre uma menina reservada que mergulhava nos livros. E não era ficção, lá estava ela, real, em carne e osso, sentada no busão, mergulhada nas palavras de um livro, não muito grosso, nem tão fino, páginas amareladas que os julgavam não terem saído de uma livraria novinho em folha. Mas nada, nada a interrompia, nem a voz masculina que pediu licença para sentar ao seu lado, concedeu com a cabeça sem tirar do livro os olhos, sem acreditar que de fato havia necessidade disso, afinal se dissesse não, ele sentaria? E será que alguém responderia não?

Mas não por muito tempo, em questão de segundos levantou o rosto, notou e abaixou a cabeça rapidamente, engoliu a saliva e sentiu ela passar rasgando pela garganta e como diria Djavan “aí desandou”, perdeu a concentração nas palavras, terminava um parágrafo e o mesmo relia, se perdia. Sentia-se envergonhada, observada, mal sabia onde colocar as mãos, mal tocava nos cabelos (embora houvesse uma vontade muito forte de meche-los), mal respirava, mal se mexia. Que raios da água era isso afinal? Que bicho te mordeu? Ele era por acaso um jovem conhecido? Não! Não era, mas também não tão desconhecido. Era um rosto visto quase todos os dias, mas nunca chegou a trocar palavras com ele, nem oi, acho que nem se quer um olhar ela trocou.

O tempo passou, e não foi feito conto de fadas, ela parou de encontrá-lo. E foi na ausência de seus pensamentos que lembrou-se de que gostava daquela presença e que não tinha percebido isso. Mas é bem possível que eles não se vejam mais e esta história não passará de uma historia que uma menina me contou e eu contei para vocês, mas que ninguém contou para ele.