sexta-feira, 1 de abril de 2011

Os meus próprios vícios

Aquilo que me mata

Não é o que mata o resto da humanidade.


Aquilo que me atinge


Não é o que atinge aos demais.


Aquilo que me sufoca,


Não se exprime apenas em uma nota


Nem suave, nem pesada.


Não sou igual, sou diferente


Diferente, igual a todo mundo.


Se é que vocês me entendem?


Não sou compositora,


Nem instrumentista,


Embora, confesso


O quanto eu gostaria


Aquilo que eu sonho


Me soa tão belo quanto poesia,


Mas os meus pesadelos


Estão expostos durante o dia.


Abro mão das minhas hipocrisias,


Mas elas estão em mim embutidas.


E os meus monstros de todo dia,


Nem todos foram vencidos pelo super-ego.


Ora, eu sei que isso não rima!!!


Mas há um misto de sonho e fantasia,


De realidade e verdade,


Tudo faz parte


Da história que compomos.


Tudo faz parte das páginas da vida.


Os erros que abomino,


Os medos que escondo,


Os fracassos,


E as feridas em mim expostas.


Tudo me fortalece


Ainda que para isso


Tenho que me enfraquecer


De forma que eu saiba quais são os meus limites.


De forma que para aprender a viver


Eu precise morrer:


Com aquilo que me mata,


Com aquilo que me diminui,


Com aquilo que abomino.


Com os meus pré conceitos


Com aquilo que me afasta.


E meu modo de enxergar a vida.




De modo que eu diminuia, e Ele, Cristo, o cabeça, cresça, para que eu também possa crescer junto.

Um comentário:

Henrique Gois disse...

Forte, como nunca vi antes.

o começo para mim é algo como: sou diferente de tudo!

"Aquilo que me sufoca,
Não se exprime apenas em uma nota
Nem suave, nem pesada." (forte)

Vejo na poesia um alguém que quer mudar algo em si, que não quer se adequar ao mundo, mas sim ser o que é, em suas convicções, desejos e demais.

"De forma que para aprender a viver
Eu precise morrer:
Com aquilo que me mata,
Com aquilo que me diminui,
Com aquilo que abomino.
Com os meus pré conceitos
Com aquilo que me afasta."

como diz TM em O mérito e o Monstro "para nos tornarmos imortais a gente tem que aprender a morrer, com aquilo que somos e aquilo que fomos nós"

Creio que a força que os versos ecoam seja a mesma que te faz crescer.

bjs...parabéns