quinta-feira, 14 de julho de 2011

Quem sou eu? Quem é você?

Desde muito cedo, me apaixonei pelas letras, pelas palavras e escrever sempre foi meu hobby predileto, depois de cantar.
Quando não tinha sono pegava alguns dos livros de português que tinha em casa e lia os textos, via as figuras, amava. Quando eu cresci minhas paixões me acompanharam...Música, cantar , ler e escrever, faz parte do que sou... Recentemente tive contato com uma poesia...digamos... muito reflexiva. Gostei... Espero que gostem também:


Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.



O que essas palavras significaram para mim, nem sei se existe uma maneira de explicar. Pois, afinal, existem várias maneiras de sentir, de pensar, de dizer... E as vezes fazemos justamente o contrário, dizemos o certo da maneira errada, ou simplesmente omitimos, escondemos, ou então dizemos justamente o contrário do que pensamos por talvez não saber lidar com determinada situação, por medo, por vergonha, por orgulho. Há uma multiplicidade de possibilidades inacreditáveis. Por exemplo quem sou eu? Eu vivia me perguntando esse tipo de coisa: "Quem sou eu?"...Eu sou aquilo que as pessoas dizem sobre mim? Eu sou aquilo que escolho? Aquilo que faço? Na verdade há uma complexidade tamanha em tal pergunta. O triste é quando me olho no espelho e vejo meus monstros, o triste é conviver com eles querendo arrancá-los de dentro de si pois nos fazem adoecer, o triste é lidar com as consequências das nossas escolhas erradas, o triste é viver fingindo, isso não quero, jamais! Há coisas alegres? Ah sim! Com certeza. Mas Cristo me dá a chance de no momento de fraqueza ser forte, no momento de tristeza crescer. Sou grata a Deus porque existem pessoas com a capacidade de escrever bem sobre coisas difíceis de dizer. Sou grata a Deus por todo tipo de talento e dom que permite o ser humano ter. E assim caminho aprendendo a lidar comigo e aprendendo a lidar com os outros.


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.












Poesia escrita por: Álvaro de Campos



A poesia completa pode ser encontrada no seguinte endereço:
http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/456.php

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