sábado, 28 de maio de 2011

Amor?


Imagem tirada do Google



Quando eu penso em escrever, o texto borbulha na minha cabeça, faz barulho, segue uma linha...Então, depois de pensar, eu não encontrei nenhum título bom que não fosse meio plágio de outras ideias.

Hoje cedo, vi um vídeo intitulado Crônicas Digitais: Amar é Punk, gostei, talvez seja este um dos pontos responsáveis por eu estar aqui escrevendo. Pensei em colocar no título Amar é Rock' in Roll, ou então Amar é Bolsa Nova, ou MPB, Amar é uma Orquestra Sinfônica, ou Amar é aquele sabor que mais se gosta. Eu sei que desviaria um pouco do punk e da mensagem que a dona da crônica queria passar. Mas é que quando jovens temos a magia no olhar de acreditar que amar é como a coisa que mais se gosta, como sua música favorita. Talvez não apenas quando jovens... Afinal músicos abusam dessa imagem poética do amor...

Ana Carolina canta: "Eu não vou gostar de você porque sua cara é bonita, o amor é mais que isso, amor talvez seja uma música que até gostei e botei numa fita".

Mas como vocês devem ter percebido...meu titulo não foi nenhum desses. Mas não escapou do plágio, me lembrei do filme que saiu a pouco tempo, que não vi, mas parece ser interessante, por questionar se algumas coisas que chamamos de amor realmente são amor. Segui essa mesma linha, mas corro sérios riscos de me desviar, porque estou apenas jogando as ideias. Mas depois dessa introdução um pouco extensa vamos para o assunto:


Amor?

Em alguma época da minha vida, aconteceu uma coisa que me marcou. Não foi meus 15 anos, nem meu primeiro beijo, embora a essas coisas também cabe a importância delas. Foi algo que me fez ser quem eu sou, achem bonito, estranho, bobagem ou não. Acontece que eu estava no ginásio e minha mãe preocupada, me fez um pedido, o qual ela julgava importante. Não ficar, ela pediu, eu nem me lembro o resto das palavras, mas aquilo ficou marcado, e por todo respeito do mundo que tenho a ela eu agarrei a isso como um objetivo da minha vida. Parece besteira! Mas, assim sinto que estou honrando a ela e nem sinto que isso seja um sacrifício. Pelo contrário.
Mas o que isso tem haver com a sua vida? Com a vida de outras garotas? Sabe que eu não sei, algumas pessoas desenham, e são boas nisso, e com desenho delas, com a arte delas elas expressam alguma coisa. Algumas pessoas cômpoe músicas, e também expressam sentimentos, ideias nelas. Eu escrevo, apenas escrevo e transformo pensamentos em textos. Na tentativa não de fazer um auto retrato meu, mas de que alguma palavra aqui, faça algum sentido aí, pra você que eu conheço e pra você que eu não conheço. Não posso prometer respostas certas ou erradas. Não sei se nesse caso existe diferença, talvez sejam apenas respostas.
Conversando com alguém eu disse:

Acho que na vida a gente se apaixona diversas vezes, poucas vezes viram amor, mas viram... e nem todas duram.. Algumas são experiências lindas, com pessoas que nos fazem muito bem...mas acaba. Acaba porque era uma etapa da vida a ser cumprida, para preparar para outra.








Todas as pessoas terão suas diversas experiências para contar, para se lembrar, para crescer, para amadurecer. É um processo da vida. Eu já gostei por gostar, eu já gostei sem que a pessoas gostasse de mim, na verdade isso acontece muito, e já gostei e gostaram de mim, já gostaram de mim e eu não pude retribuir. Mas isso não é amor, isso é apenas um processo, e devemos aproveitar essas etapas da vida, da melhor maneira que considerarmos. Porque um dia as coisas vão mudar, as ideias que fazíamos das coisas irão mudar, as coisas que valorizávamos antes, vão mudar, outras vão ser sempre iguais. Você pode gostar de caras que cantam bem, mas se aparecer um outro cara que te cative, você vai conseguir abrir mão disso, outras coisas serão muito mais difíceis de abrir mão. Você vai aprender que as diferenças agregam, mas que existirão dificuldades também. Você vai começar a valorizar coisas na pessoa que você nem imaginava que era importante. Mas vai ter momentos punk, e outros que você vai se sentir bem porque sabe, vai poder acreditar que nos bons e nos maus momentos aquela pessoa vai estar alí, pronta pra segurar sua mão, pra te abraçar, pra cuidar de você. Você vai entender que precisa cuidar dela também. Bem na verdade tem tanta coisa que ainda vai acontecer, e não vai ser exatamente como foi da primeira vez, da segunda, da terceira, será diferente. Talvez será quando você menos esperava, talvez você não perceba de cara, talvez seja apenas amizade, agora, talvez vocês se casem, talvez seja apenas mais uma experiência para se guardar, não qualquer experiência, mas uma outra, daquelas significativas, que marcam a vida. Não haverá só você e ele no mundo, haverá tantas outras coisas, contas pra pagar, filhos pra cuidar, trabalho, pressão do chefe, saudade, dor... e algumas coisas vão querer te empurrar pra amargura, outras vão te lembrar de sorrir. E a vida vai ser sempre escolhas, você vai ter que decidir. Decidir se vai brigar ou se acertar, se vai reclamar ou tentar melhorar. Será sua vez de pintar as coisas, mas não simplesmente da maneira que você quer, mas com as tintas que te foram dadas, aqui.









Enfim...

2 comentários:

Henrique Gois disse...

gostei do texto, apesar de não concordar com vc em algumas coisas... como sempre discutimos...kkk
mas, seu texto está muito bem escrito e revela muito de seus pensamentos.

parabéns, cada dia dá mais gosto de te ler.

Johnny Nogueira dos Santos disse...

Sou contra os momentos punks, mas adoro um Rock'n Roll...

Assisti a um filme que gostei muito ontem chamado "The Holiday" ou na versão comercialmente mal traduzida: "O Amor Não Tira Férias". Fica aí a sugestão.

Talvez eu ainda esteja metabolizando o filme na minha mente, mas o que me faz citá-lo aqui é que acredito que o "AMOR" é algo que acontece baseado na sutileza da natureza.

As palavras chaves para entender isso no filme são: "Os três mosqueteiros". Aí você vai ter que assistir pra entender rsrs

Mas de uma forma geral é isso o que me faz acreditar que não pode ser punk, a não ser que esse seja realmente o "estilo favorito" do coração de uma pessoa.

Como me parece que você usa a palavra punk como simbolismo ou metáfora, usei o termo "estilo favorito" como metáfora também, na verdade eu me refiro que há pessoas que são viciadas em conflitos, mas que não é por isso que deixam de amar.

Porém, como você disse a vida é feita de escolhas, acredito que quando realmente amamos uma pessoa, os piores defeitos da pessoa não são "punks" de lidar. Difícil mesmo é reconhecer o que é naturalmente fácil de lidar.

Outra coisa que tirei do filme que acho que tem muito a ver com o seu texto é que a vida vai dando respostas sutis para todas as nossas perguntas, porém também não é fácil ter um olhar saudável e enxergar cada sinal, muitas vezes a gente se confunde e acredita que o que brilha é ouro, pode às vezes não ser algo tão valioso, mas a questão é descobrir se o que você busca é realmente o ouro ou talvez apenas uma humilde taça de madeira que contém o melhor e mais saboroso vinho.

De acordo com a lua e o sol o mundo sempre conspira quando estamos repletos de ótimas intenções. Mas não é só isto que basta, é preciso um amor natural dentro de nossos corações, uma vontade natural de evoluir e um reconhecimento de que estamos no processo e uma imensa gratidão por termos chegado até aqui.