O que é romance? Será
uma ideologia? Uma utopia? Algo que alguém inventou para deixar a vida mais
colorida? Todos sabem que sou um caso perdido de romântica. Mas não comecem já
me condenando. Será que esse tal de
romance existe mesmo? Ou tudo não passa de um sonho?
Quem sabe!!!
Todas as definições
que encontramos no dicionário enfatizam o “imaginário”, mesmo sua relação com a
realidade é uma recomposição daquilo que É somado com o que poderia ser. Lindo!
Mágico! E irreal ou não? (risos).
Romance para mim se
parece muito com música e harmonia de instrumentos, vozes e acordes. Também
está próximo da delicadeza de uma flor, e da impossibilidade de descrição de um
pôr de sol. Trata-se do belo, mas nem sempre e apenas do belo. Está no mais
simples ato. A banda Los Hermanos descreveu:
“Eu encontrei quando
não quis mais procurar o meu amor... E até quem me vê lendo o jornal na fila do
pão, sabe que eu te encontrei e ninguém dirá que é tarde demais, que é tão
diferente assim, do nosso amor à gente é quem sabe pequena... Ah vai, me diz o
que é sufoco que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar. E se o caso for ir
à praia eu levo essa casa numa sacola”.
Eis a beleza e o
mistério de uma verdadeira história de amor, de um “romance” enfrentar os
momentos difíceis, os de sufoco, aqueles em que parecem expulsar todo tipo de
beleza. E a situação pode ficar muito feia. É o cumprimento do voto: “Prometo
te amar na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença...”, nos dias mais
legais ou nos mais chatos, nas semelhanças ou nas estranhezas ... (risos), abre
aspas para você acrescentar o que imaginar... fique volonté.
Taís Alvarenga
exprime em sua bela voz:
“Amor, existe tanto
pra gente, por que será que você não quer saber o que eu tenho pra te dar? Ai,
é que eu só tenho o presente e mesmo assim somos nós o mesmo sol todo dia a me
acordar...”
Oferta, isto tem tudo
a ver com romance, doação, mesmo em meio às “incertezas” da vida, afinal, o que
somos? Somos como neblina que se dissipa. Do que sabemos? Da fragilidade e
inconstância das nossas vidas terrenas. E mesmo assim podemos ser entrega,
dedicação e doação, sem precisar ser muito extravagante, ou ser extravagante
como o sol, mas sem perder aquele toque de simplicidade.
Daniel Chaudon em “Descobrimos
nós dois”:
“Descobriram nós
dois, onde é que vai morar esse amor. Mal começou, não vai calar...”
É um grito silencioso,
por mais que você tente disfarçar é o tipo de coisa que transborda por algum
canto, você não diz, mas todo mundo percebe.
E uma outra definição que gosto
muito, no som da voz de Pedro Mariano, irmão de Maria Rita:
“Até deixar um recado
na tarde, uma simples saudade, que você vai sentir quando sentar-se a mesa, uma
simples certeza que agora é você quem espera por mim...”
Espera, com certeza,
uma coisa bem difícil, mas que faz parte da vida. Saber esperar é saber
apreciar. Perdemos muita coisa, porque achamos que não temos TEMPO para perder.
E então perde-se, irônico não.
Talvez eu não entenda nada de nada, mas gosto de
refletir sobre... Se quiser me dar créditos, ok. Se não quiser, tudo bem
também.
Essa é apenas mais
uma composição de Nayelen Lopes.
Um comentário:
"O lance é um lance e um romance é um romance.."
Idealizado por todos, verdadeiro pra quem vive e eterno pra quem tem... super complexo em sua simplicidade!
Postar um comentário