sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nós?!

Nós!

Nós somos engraçados...

Somos diferentes e semelhantes.

Temos manias e costumes que são somente nossos... E mesmo assim partilhamos.

Somos esquisitos às vezes, mas nós nos amamos nas nossas esquisitices e, amamos os outros com suas peculariedades.



Nós somos singulares até mesmo dentro de nossa pluralidade.

Somos um e vários, dentro e fora.

Às vezes, nossa IMENSIDÃO, cabe na palma da mão.

Outras vezes não nos alcançamos.



Tenho tantas manias, que me espanta

E as manias dele, estas, estranhamente me encantam.

Somos diversidade...

E nos encontramos nos nossos desencontros...

Coincidência?! Quem sabe!!!



Nós...somos nós.



P.s: A inspiração bateu, deixei ela entrar... agora vou voltar a trabalhar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Apenas um texto

Passa boi, passa boiada,
Esmaga.
Renasce, cresce, se fortalece.
Passa boi, passa boiada
Destrói.
Arranca, corta,
Renasce.
Sopra o vento, vem a chuva,
Molha, adoça, abraça, constrói.
Reconstrói.

sábado, 17 de setembro de 2011

Uma hora no trem

Diário do Outro:


Cheguei e ela já estava lá, com seus cabelinhos cacheados meio escuro meio claro... Olhou pro capacete na minha mão, mas não fez nenhum comentário. Depois do silêncio de 1,2,3 segundos ela disse: - "Mamãe todo mundo é grande, você é grande, eu sou grande..." com um sorriso lindo em seu rostinho miúdo de contentamento por sua constatação. A mãe usou de monossílaba "Ô" disse ela...

Sabia, eu sabia que depois dali em diante o silêncio não seria o mesmo.
Pois aquela menina era a alegria do trem, na verdade poucos pareciam notá-la. Eu e a mãe dela parecíamos as pessoas mais interessadas em tudo que ela tinha pra falar... Claro, tentei esconder. Afinal, estava ali apenas para assistir a menina esbanjando sua sabedoria de criança.

Me impressionou a paciência e a forma doce da mãe dela em escutar tudo que ela dizia e responder em voz baixa e serena, nunca impaciente, nunca envergonhada ou constrangida e quando chamava a atenção, não gritava, falava séria, e a menina entendia e obedecia.

Ao contrário, a menina era estridente, ela ria com toda vontade e força que tinha, iniciou com uma risada gostosa, solta, verdadeira, exalando sua alegria por todo ambiente, depois brincou de rir, porque rir também é legal.

Ela falava, mas se atentava a todos sons externos. E fazia perguntas pertinentes. -"Mamãe qual é o lado esquerdo?"... -"Mamãe, e este?!" .... -"Direito?!". Encantadoramente pequenina e encantadoramente inteligente. Me lembrou uma prima, morena igual, do tom de cabelo parecido e de uma esperteza muito semelhante. Porém, ninguém é exatamente igual a ninguém.

"An, de novo mamãe?!" dizia, toda vez que a porta se abria.
"U..U..U...U..U", imitou o som que ouvia.

A mãe se encantava com a esperteza da filha aproveitando as oportunidades pra explicar as coisas da vida... Riu quando viu a filha imitando o som e aproveitou pra explicar que o barulho era pra avisar que a porta ia fechar.

A menina era a coisa mais linda, mais estridente, mais fofa e inteligente. Quando sorria, sorria com os lábios e com os olhos. Mas não era boba, sabia quando sua mãe brincava e quando falava sério...disse ela:- "Deixa de besteila mamãe" ... e ria.

Uma lindeza!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"Parece que a vida inteira esperei para te mostrar"

Recordei-me das nossas tentativas fracas de se aproximar.

Dos assuntos em comum que procuramos ter.

De como eu me atentava as tuas palavras, de como elas eram interessantes para mim.

Eu ficaria ali... Ouvindo e ouvindo até o fim.

Mas não dá pra ser assim!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

...

Mas seu sorriso era a coisa mais linda de se ver.
E a sua voz a mais linda de se ouvir.

Ela estava decidida a esquecer, seguir em frente, mão no bolso, passo a passo.
Mas em seu subconsciente lá estava ele...
Sempre ele, aquecendo seu coração, fazendo presença em coisas pequenas, em frases soltas.
É...

"Não olhe agora, estou olhando pra você"♪

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Constatação

Ela era apenas ela quando trombou com ele...

Os dois ombros se encontraram, foi um choque.

Seus olhos pararam um no outro, petrificados.

Foi um segundo.

Um segundo, mas tão suficiente para que lhe roubasse o ar.

Seu ar foi embora e voltou. Estabilizou-se.

Ele não era o que ela imaginava, o que ela sonhava. (Não foi uma decepção. Foi apenas um trato entre ela e ela mesma. Suas expectativas não combinavam com a realidade).

Ele era apenas um moço, tão somente isso, tá, um pouco diferente, especial, mas que tinha apenas a missão de cruzar o seu caminho, sem maiores propósitos.

A gente nunca entende tudo mesmo!