Como podemos brigar tanto, se tanto te amo?
Como me afastar de você, se nas minhas veias correm o seu sangue?
Como fingir que não ligo para você, quando é nítido que te respiro?
Como não reconhecer que sou extremamente piegas em sua presença?
Se dúvidas de mim,
Eu duvido de ti.
Me esforço incansavelmente em agradar-te, em conhecer-te.
Trabalho, me reintegro, me regenero.
Não finjo o que não sou.
E de fato você me conhece bem.
E sabe que as vezes tropeço, erro, lamento.
Tento ficar só,
Mas me afastar de ti
É difícil para mim.
Não te completo tão bem,
Mas você já faz parte do meu caminho.
Desde a primeira vez em que te ouvi,
E contigo aprendi
Você transformou tudo aquilo que eu via,
mas não entendia, em algo que eu pudesse definir.
Palavras, este é o seu nome.
Me ensinou o que é VALOR.
E valorizar aquela linda moça que sempre cuidou de mim
Chamando a de mamãe, o que fez ela sorrir.
E não muito atrás fez com que aquele homem duro se amolecesse
Ao ouvir em minha voz de criança dizendo a palavra papai.
Irmão, titia, vovó, vovô
Todas essas palavrinhas tinham a estranha magia
De fazerem com que aquelas pessoas grandes sorrissem.
E sorriso, foi outra palavra que aprendi a definir,
Assim como Amigo, como Amor.
Com você tudo fez mais sentido.
Aprendi a CANTAR, e peguei gosto pela coisa.
Utilizei a palavra BRINCAR, com tanta frequência.
Desenho, sempre me fez rir.
Mas crescer, crescer complicou o caminho.
Quanto mais palavras eu conhecia, mais difícil ficava.
As orações subordinadas, adjetivas, adverbiais.
E tanta oração, tanta oração que eu já não mais entendia.
E minha cabeça doía.
Mas mesmo com as complicações, minha paixão pelas suas letras
Pelas suas composições e pela sua capacidade de fazer tanta coisa.
Essa, de maneira nenhuma diminuía.
Não desisto de você, espero que não desista de mim também.