Não escrevo afim de...
Ser compreendida.
Mergulho dentro de mim mesma e me perco demasiadamente em meu eu. Nas minhas feridas ainda não cicatrizadas, nas minhas fábulas, que conto tão insistentemente que acabo acreditando, minhas mãos tocam tão lá dentro que dói... meus ossos ficam enrijecidos, tal como, se pudessem proteger o que eu prefiro esconder.
Me encontro fraca, pequena, tentando ser imensa, tentando ser alguma coisa, mas nada... nada que não tropece de vez em quando, nada que não seja humanamente frágil. Não é tão frustante quanto parece. Reconhecer as limitações, não nos torna piores, pelo contrário, nos torna mais capazes.
"Quando eu sou fraco, eu sou forte", disse o apostolo Paulo, esta afirmação incrível, e estranhamente contraditória aos ouvidos e olhos humanos, diz: eu sou forte na minha fraqueza, porque existe ALGO muito maior que eu, que me fortalece e me permite caminhar ainda que eu tenha falhas e problemas.
O poeta, músico, salmista Davi, conhecido como Rei, errou mais de uma ou duas vezes e em sua pequenez foi conhecido como o homem "segundo o coração de Deus". Mais uma vez Paulo disse: Por que o querer fazer o bem está em mim, porém, não o efetuá-lo. Não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, este sim faço.
E assim é a caminhada...buscando fazer o bem? Sim. Buscando acertar? Sim. Acertando sempre? Não.
Um passo de cada vez, alguns com muito mais dificuldade do que outros.
Consolo, muitos, muitos consolos, mas um deles também dito por Paulo:
"Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé". (2 Timóteo 4:7)
Quem tem ouvidos ouçam...
Apenas isto.