A senhorita razão entrou e sentou-se sempre com muita precisão, não esperou ser convidada, nem exigiu tamanha atenção, reconheceu que apesar de admirada não é tão desejada em assuntos do coração.
Posso dizer que nesse caso que veio defender ela foi mal educada, reprimiu no coração de uma jovem se me permitem um palpite, uma emoção que já começava as primeiras palpitadas... Jogou fatos em sua face, sem perder a compostura, usou argumentos muito distintos e racionais por sua vez, mas tudo isso só levou a senhorita emoção a vez de se manifestar, colocar suas questões e defendê-las com tamanha paixão.
Nada era mais importante para ela do que a defesa dos desejos do coração por estes ela brigava e até se jogava sem medir consequências. Enquanto a senhorita razão se preocupava muito com a consequência e com o futuro, a senhorita emoção com a intensidade e com o presente , nada era mais confuso e contraditório do que esse duelo entre duas senhoritas muito bem reconhecidas, bem intencionadas as quais tinham suas boas características e seus pontos fracos.
Mal sabia de que lado ficava a jovem, por horas dava muita atenção a emoção e sorria com ela e chorava também, mas a razão lhe colocava em dúvida e a fazia pensar.
Nada de concreto e de decisivo sairia naquele momento, no fim ambas dariam uma trégua, chamando o senhor tempo para dar-lhes razão, até mesmo a emoção tão impulsiva acreditava estar certa e contava com essa aprovação, ainda que ansiosa por esta resposta.
Nada restava para jovem do que esperar, consultar o travesseiro, ouvir as duas senhoritas de vez em quando, tentar ponderar cada um dos argumentos e criar um tipo de equilíbrio entre as duas.
A razão por vezes sufoca, tira a prática de sermos um pouco mais de nós, enquanto a emoção nos coloca às vezes em mals lençóis sem medir as consequências, mas não podemos negar que tanto uma quanto a outra podem muito oferecer, desde que não sejamos engolidos por apenas umas delas.
2 comentários:
Embora eu me ache muito racional nas coisas que faço, acho que a razão é muito perigosa, pois quando ela cresce muito vira medo, por que o que mais o medo é do que a razão ao extremo, já a emoção é difícil de falar, pois no mundo que vivemos é tão fácil se machucar, mas mesmo assim acho ela a melhor das escolhas, pois ela traz consigo felicidade, mesmo que por pouco tempo e as feridas por ela deixadas vem em forma de aprendizado e para que viemos ao mundo se não para aprender?
Assisti um filme de Natal muito bonito esses dias que falava justamente sobre o conflito da razão com a emoção, era um filme em que uma jornalista falava sobre as emoções do Natal e um outro jornalista fazia críticas à esta falando sobre as implicações comercias do Natal.
Gostei muito do seu texto.
Há muito tempo minha conclusão sobre este assunto é a mesma, e tanto o filme quanto o seu texto reforçaram meu ponto de vista:
"A emoção deve ser como o combustível e a razão como o volante de um carro, mesmo quando não temos o equilíbrio total desses elementos, se soubermos usar bem a função de cada um, não vagaremos sem direção pelo mundo, até porque equilíbrio, ou amadurecimento,só atingimos depois de muito dirigir".
Grande abraço!!!!!
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