quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Apenas remando

Pessoas são mais importantes que coisas, e quando digo coisas, estou me referindo a objetos e situações. Pois bem...

Lá estava eu no meu barquinho, meio velho já, navegando em lago estranho, estranho demais!!! Tenho certeza que eu não sou daqui, enquanto eu remava eu pensava... Não um punhado de ideias, mas uma quantidade que não cabe nas mãos, nem com as duas bem juntinhas. E remava, parava, pensava (Afinal, quem vai ficar aqui me lendo até o fim? Quem se interessa pelo que digo? Não sei!), mas preciso continuar a remar...

Há lá na frente um mar de pensamentos... e todos eles querem um pouco de atenção, mas é um tanto difícil se concentrar e continuar remando. Bluft! Encostei em alguma coisa, oh! Uma pedra, humm...era saudade... e foi em uma frase: "Provavelmente a sua saudade não é minha... E a minha saudade sua é sozinha", comecei, não terminei, deixei, não sei, é complexo...

Remei... Mas o que aquilo tem haver com isso e isso tem haver com aquilo? E mais o que tudo isso tem haver com o começo? Nada... nada...comecei a nadar para refrescar um pouco as ideias, mas apenas depois de avaliar se o lugar é seguro. Costumo dizer que se dentro da mesma pessoa, há duas opiniões diferentes sobre a mesma coisa, então é melhor, parar, pensar e não fazer nada, qualquer passo falso pode ser uma armadilha. E depois de nadar, voltei para o barco e a minha função de remar e para minha quantidade de pensamentos em massa.

Avistei um barco amigo, paramos e começamos a conversar, trocar figurinha, é legal ter com que trocar ideias, diversas. O engraçado que para começar uma conversa basta apenas um primeiro "Oi", e novamente... as pessoas são sempre mais importantes que as coisas, simples assim. Falamos sobre fenômenos físicos, ressonância, partimos para a filosofia, psicologia, monotonia (risos), e um assunto puxa o outro, e uma viagem se inicia, de repente e não mais que de repente mais uma ideia aparentemente solta, você não escolhe de quem gostar, os laralará das músicas vivem dizendo isso "Por que a gente nunca sabe de quem vai gostar?", mas... você escolhe o que fazer a partir daí, gostei, a frase ficou assim: "Você não escolhe de quem se gosta, mas se escolhe com que se estar junto". Saca?

Entendeu?

Então licença, vou continuar a remar...

2 comentários:

Nathi disse...

gostei, até a parte que deixou de ser original e falou da frase do Anitelli.

Tudo bem, citação, mas preferiria seu texto terminado só nas suas palavras.

Muito bom, por sinal e acento!

Henrique Gois disse...

Eu curti bastante, não achei louco como vc disse que achava.
Vejo em seus posts a construção de uma nova Ná, pode ser impressão minha, mas estão mais livres, falando mais de experimentação, mais soltos creio.

Texto muito bom, parabéns!!!