sexta-feira, 30 de abril de 2010

Há momentos


A passos lentos no começo de uma noite onde se escuta com atenção os barulhos que de dia passa batido. A noite tem um silêncio, um silêncio diferente, um silêncio barulhento. O som dos cachorros, a conversa no bar, o barulho do carro, seu farol acesso, uma música, tudo perto e ao mesmo tempo tão distante. Ah! É verdade que são palavras escritas com emoção. O vento sopra no meu rosto e suspira no meu ouvido, pensamentos, introduzidos no interior, no meu mais calmo, misterioso e sincero recinto. Minha mente...
Há momentos da vida que o som da gaita, do violão, da flauta, do sax ou do piano são suficientes para repousar o coração, mas há também momentos turbulentos, de cansaço, de estresse que nos incita a deixar as coisas de lado e caminhar - quem sabe para a praia?-
Há momentos que o principal passo, o inicial é reconhecer os erros, rever os conceitos ou até mesmo perceber o quanto é frágil, falho e o quanto temos que aprender e o quanto é importante aprender a aprender. Evoluir como ser humano, como profissional, como amigo, como irmão, como filho, como cristão, como parceiro, como cidadão. Não é questão de ser bom ou ruim, mas a necessidade de crescer, de ser melhor, por simples satisfação.
Há momentos que não se pode ser guiado nem pela razão, nem pela emoção " a razão é como uma equação da matemática, tira a prática de sermos, um pouco mais de nós" e a emoção, às vezes é chama que acende muito rápido e apaga com a mesma precisão. As vezes é preciso apenas confiar, coisas loucas e inexplicáveis acontecem sem parar, olha o vento, de onde vem?
Ninguém sabe será que deve ser um gigante soprando tão forte que chega aqui, toca o meu rosto insistentemente, sem me pedir permissão e apesar de frio... consegue aquecer meu coração e me fazer sorrir? Ou será um OGRO soprando velhinhas de aniversário? Quantos anos será que ele já tem?! Não tem explicação... Podemos até usar a imaginação, mas a questão é que tanto mente como coração devem andar juntas, equilibradas, mas as vezes é preciso apenas de confiança.





P.s:"Se alguém perguntar por mim, diz que estou por aí, levando um violão debaixo do braço...em qualquer esquina eu paro...
A saudade me rói o meu peito me rói
Eu estou na cidade, eu estou na favela
Eu estou por aí
sempre pensando nele..."

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